terça-feira, 23 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
Vida passageira
domingo, 12 de outubro de 2008
O meu tempo para mim
Finalmente, depois de algum tempo, consegui ter alguns momentos só para mim, como tanto gosto.
Desde a minha promoção, ou mais precisamente desde que assumi o cargo a 01 de Setembro, que pouco mais faço que trabalhar. Os meus horários são sempre tardios, as deslocações também são em número relativo e o tempo livre, o pouco que me sobra, tenho-o vindo a dedicar ao apoio à minha avó e à minha mãe. Hoje decidi tirar a tarde para mim, pronto a manhã também porque foi passada a dormir, e ficar em casa sem pensar em trabalho (pelo menos tento), sem arrumar ou limpar nada, só lazer e preguiça… muita preguiça.
Desde a minha promoção, ou mais precisamente desde que assumi o cargo a 01 de Setembro, que pouco mais faço que trabalhar. Os meus horários são sempre tardios, as deslocações também são em número relativo e o tempo livre, o pouco que me sobra, tenho-o vindo a dedicar ao apoio à minha avó e à minha mãe. Hoje decidi tirar a tarde para mim, pronto a manhã também porque foi passada a dormir, e ficar em casa sem pensar em trabalho (pelo menos tento), sem arrumar ou limpar nada, só lazer e preguiça… muita preguiça.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Vitória de equipa
Nunca falei aqui sobre os jogos de futebol que consegui a organizar aqui na empresa. Começou através de uma conversa de café em que se colocou essa hipótese. Aproveitando o embalo decidi desafiar um amigo meu, de outra empresa, a montar uma equipa e fazermos então o nosso primeiro jogo. Perdemos. Mas a partir daí foram surgindo outros desafios a partir dos diversos conhecimentos e amizades de cada um de nós. Não posso deixar de referir que a partir do primeiro jogo temos repetido vitória atrás de vitória, tendo apenas registado um empate pelo meio.
Percebemos que temos uma equipa bastante equilibrada e, direi até, com valor. Em função disso gerou-se um entusiasmo que nos levou a avançar com a inscrição num torneio de futebol de 7 inter-empresas, a disputar no Monsanto. Mais uma vez fui eu a avançar com a organização de tudo, a proposta de a empresa nos comprar os equipamentos e financiar a inscrição no torneio. Foi um prazer enorme encomendar os 12 equipamentos na Decathlon, estampar o nosso logo e depois, esta a parte melhor, distribuir os equipamentos pelos meus colegas que aderiram à equipa.
Percebemos que temos uma equipa bastante equilibrada e, direi até, com valor. Em função disso gerou-se um entusiasmo que nos levou a avançar com a inscrição num torneio de futebol de 7 inter-empresas, a disputar no Monsanto. Mais uma vez fui eu a avançar com a organização de tudo, a proposta de a empresa nos comprar os equipamentos e financiar a inscrição no torneio. Foi um prazer enorme encomendar os 12 equipamentos na Decathlon, estampar o nosso logo e depois, esta a parte melhor, distribuir os equipamentos pelos meus colegas que aderiram à equipa.
Esta foi a nossa primeira vitória.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Altos e baixos
Tenho sempre pensado que o motivo que me faz adiar o momento de conhecer o meu pai é o facto de ainda não ter a minha vida estabilizada a todos os níveis, julgo que principalmente a nível familiar, refiro o constituir da minha própria família.
Dado os últimos acontecimentos na minha vida, a evolução da minha carreira e o meu estado recente com C, tudo se conjugava para que não sentisse impedimento em seguir com a combinada visita do meu pai. Já tinha concordado em que ele viesse por um tempo e tivéssemos finalmente a oportunidade de nos conhecermos.
O retorno da minha mãe obrigou a adiar esse encontro. Desde que lhe contei que mantinha contacto com ele, sempre percebi que isso deixava a minha mãe algo apreensiva e triste. Tentei fazer-lhe ver que este facto em nada mudaria o amor que sinto por ela. Na realidade não sei que lugar virá a ocupar o meu pai na minha vida, mas de uma coisa tenho a certeza, seja ele qual for, nunca isso mudará o que a minha mãe é para mim.
Passado o tempo que julguei ser necessário para a tranquilizar, voltou a falar-se em concreto na vinda do meu pai a Portugal. Agora volto a sentir vontade de adiar. Primeiro o desconforto com C, e o consequente rompimento. Depois o perder do meu avô M, que pincelou de cinzento todo o colorido que, para mim, vinham sendo os últimos tempos. Penso que ele tem compreendido as minhas razões, mas também imagino que poderá colocar em dúvida a minha vontade em que nos venhamos a conhecer.
Dado os últimos acontecimentos na minha vida, a evolução da minha carreira e o meu estado recente com C, tudo se conjugava para que não sentisse impedimento em seguir com a combinada visita do meu pai. Já tinha concordado em que ele viesse por um tempo e tivéssemos finalmente a oportunidade de nos conhecermos.
O retorno da minha mãe obrigou a adiar esse encontro. Desde que lhe contei que mantinha contacto com ele, sempre percebi que isso deixava a minha mãe algo apreensiva e triste. Tentei fazer-lhe ver que este facto em nada mudaria o amor que sinto por ela. Na realidade não sei que lugar virá a ocupar o meu pai na minha vida, mas de uma coisa tenho a certeza, seja ele qual for, nunca isso mudará o que a minha mãe é para mim.
Passado o tempo que julguei ser necessário para a tranquilizar, voltou a falar-se em concreto na vinda do meu pai a Portugal. Agora volto a sentir vontade de adiar. Primeiro o desconforto com C, e o consequente rompimento. Depois o perder do meu avô M, que pincelou de cinzento todo o colorido que, para mim, vinham sendo os últimos tempos. Penso que ele tem compreendido as minhas razões, mas também imagino que poderá colocar em dúvida a minha vontade em que nos venhamos a conhecer.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Os meus dias tão cheio, mas...
Eu Não Sei Quem Te Perdeu - Pedro Abrunhosa
Quando veio,
Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
O regresso dos heróis
Ontem foi o dia em que Nelson Évora e Vanessa Fernandes foram apoteoticamente recebidos na Portela. As duas medalhas que eles conseguiram juntar ao pecúlio do nosso desempenho olímpico foram enormemente festejadas. Apesar destas medalhas confesso que as minhas expectativas eram mais elevadas, achava mesmo possível que pudéssemos disputar pelo menos cinco medalhas. Cedo vi que a minha enorme confiança nos nossos atletas era afinal exagerada.
Os meus parabéns e a minha homenagem ao Nelson e à Vanessa. Serem os melhores do mundo na sua especialidade é fruto do seu muito trabalho, empenho, esforço, dedicação, amor ao país e àquilo que fazem. Os melhores do mundo sim. O Nelson é o campeão olímpico, e a Vanessa, apesar da medalha de prata, é ela a melhor atleta do mundo no triatlo.
Os meus parabéns e a minha homenagem ao Nelson e à Vanessa. Serem os melhores do mundo na sua especialidade é fruto do seu muito trabalho, empenho, esforço, dedicação, amor ao país e àquilo que fazem. Os melhores do mundo sim. O Nelson é o campeão olímpico, e a Vanessa, apesar da medalha de prata, é ela a melhor atleta do mundo no triatlo.
Uma nota final para o prazer que é ver a evidente felicidade de Nelson Évora.
sábado, 9 de agosto de 2008
Cobarde Daniel
“É mais fácil evitar o amor quando ainda se não tem, que deixá-lo quando existe.”
A frase isolada em si só parece de facto cobarde. Mas na verdade a decisão de “desistência” por C foi fruto de muita reflexão, de muita análise do que foi vivido em comum. Daniel é de facto um verdadeiro cobarde em algumas coisas. Mas neste caso talvez tenha sido mais um acto de egoismo do que de cobardia. No Amor, eu Mustapha, vejo-o como um lutador que já foi por vezes ferido e guarda, cansado, as cicatrizes dessas lutas. Talvez sejam essas experiências que, erradamente, ensombram a sua vida com C. A isso junta-se toda a história que têm juntos, os encontros e desencontros ao longo de muitos anos, as aproximações e os afastamentos, as dúvidas, etc.
Se calhar não é uma fuga ao Amor aquilo que fez. Se calhar é apenas um tomar de consciência de que não valerá a pena lutar porque não há ali Amor. Se calhar nunca houve e se calhar nunca haverá, ou chegaria a haver neste caso.
Pelo que sei ele não vai desistir do Amor.
Apenas espera poder lutar por Amor, mas de uma forma menos dolorosa, menos sofrida. Espera poder viver um Amor sereno, suave, calmo, feliz. Afinal amar não é ter que possuir um coração a sangrar como “cantava” Camões. Amar não tem que ser viver tormentas, incertezas, dores, e coisas do género que são os “males” de Amor. Daniel espera poder dar tudo como deseja com a certeza de que vai receber também, isto sem o sobressalto da dúvida, e a ansiedade do desespero de querer receber.
E o Amor tem tantas coisas boas.
“Deixar o Amor quando ele existe…” Concordo contigo iv, quando dizes que é mais corajoso. Eu acredito que podemos deixar alguém a quem amamos, principalmente quando vemos que somos mais felizes “sem” do que “com” esse alguém.
A frase isolada em si só parece de facto cobarde. Mas na verdade a decisão de “desistência” por C foi fruto de muita reflexão, de muita análise do que foi vivido em comum. Daniel é de facto um verdadeiro cobarde em algumas coisas. Mas neste caso talvez tenha sido mais um acto de egoismo do que de cobardia. No Amor, eu Mustapha, vejo-o como um lutador que já foi por vezes ferido e guarda, cansado, as cicatrizes dessas lutas. Talvez sejam essas experiências que, erradamente, ensombram a sua vida com C. A isso junta-se toda a história que têm juntos, os encontros e desencontros ao longo de muitos anos, as aproximações e os afastamentos, as dúvidas, etc.
Se calhar não é uma fuga ao Amor aquilo que fez. Se calhar é apenas um tomar de consciência de que não valerá a pena lutar porque não há ali Amor. Se calhar nunca houve e se calhar nunca haverá, ou chegaria a haver neste caso.
Pelo que sei ele não vai desistir do Amor.
Apenas espera poder lutar por Amor, mas de uma forma menos dolorosa, menos sofrida. Espera poder viver um Amor sereno, suave, calmo, feliz. Afinal amar não é ter que possuir um coração a sangrar como “cantava” Camões. Amar não tem que ser viver tormentas, incertezas, dores, e coisas do género que são os “males” de Amor. Daniel espera poder dar tudo como deseja com a certeza de que vai receber também, isto sem o sobressalto da dúvida, e a ansiedade do desespero de querer receber.
E o Amor tem tantas coisas boas.
“Deixar o Amor quando ele existe…” Concordo contigo iv, quando dizes que é mais corajoso. Eu acredito que podemos deixar alguém a quem amamos, principalmente quando vemos que somos mais felizes “sem” do que “com” esse alguém.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Acerca do amor…
“É mais fácil evitar o amor quando ainda se não tem, que deixá-lo quando existe.”
Há alturas em que temos de tomar opções difíceis na nossa vida sentimental. Em que não podemos ficar apenas na expectativa dos sinais que alguém poderá transmitir de modo a perceber qual o caminho a seguir. De facto, se pudermos seguir um caminho diferente e oposto àquele que sabemos nos fará doer, será sempre melhor. Por vezes estamos cansados de mais para arriscar tiros no escuro. Estamos cansados de pessoas que nos deixam constantemente em suspenso, presos na esperança falaciosa de que algum dia nos vão dar o valor que achamos ter.
C-(de)ilusão provoca-me esse cansaço pela sua indecisão. É notória a intensidade que este nosso envolvimento tem vindo a ter. Mas tornam-se incompreensíveis, cansativos e até injustificados, os avanços e recuos no nosso relacionamento. A falta de coragem que tenho em mergulhar de cabeça num envolvimento finalmente (mais) sério, é fruto da pouca segurança que me transmite em que, também ela, aposta forte, como eu, em descobrir o que realmente nos une. As suas indecisões e indefinições dificultam que possa ser finalmente minha mulher.
Então, sendo que ela não percorre o caminho até mim, e também me deixa ficar a meio caminho na sua direcção, a minha opção terá de ser a de seguir eu outro caminho. Por esta altura ainda é mais fácil evitar o amor do que embrenhar-me no enredo de uma história da qual posso sair combalido. Pelo menos assim julgo. Talvez se não tivéssemos o passado que temos eu seguisse na direcção dela com mais coragem. Se nos conhecêssemos hoje eu olharia para tudo isto de maneira diferente. Mas assim, no contexto actual, sei que seria eu a perder e a poder sair muito magoado disto tudo. A minha opção está tomada, e claro é seguir noutra direcção.
Resume-se tudo ao (meu) problema de o presente instável não me permitir tirar a pedra do sapato que o passado representa. Vou à procura de um futuro feliz, mais uma vez.
Há alturas em que temos de tomar opções difíceis na nossa vida sentimental. Em que não podemos ficar apenas na expectativa dos sinais que alguém poderá transmitir de modo a perceber qual o caminho a seguir. De facto, se pudermos seguir um caminho diferente e oposto àquele que sabemos nos fará doer, será sempre melhor. Por vezes estamos cansados de mais para arriscar tiros no escuro. Estamos cansados de pessoas que nos deixam constantemente em suspenso, presos na esperança falaciosa de que algum dia nos vão dar o valor que achamos ter.
C-(de)ilusão provoca-me esse cansaço pela sua indecisão. É notória a intensidade que este nosso envolvimento tem vindo a ter. Mas tornam-se incompreensíveis, cansativos e até injustificados, os avanços e recuos no nosso relacionamento. A falta de coragem que tenho em mergulhar de cabeça num envolvimento finalmente (mais) sério, é fruto da pouca segurança que me transmite em que, também ela, aposta forte, como eu, em descobrir o que realmente nos une. As suas indecisões e indefinições dificultam que possa ser finalmente minha mulher.
Então, sendo que ela não percorre o caminho até mim, e também me deixa ficar a meio caminho na sua direcção, a minha opção terá de ser a de seguir eu outro caminho. Por esta altura ainda é mais fácil evitar o amor do que embrenhar-me no enredo de uma história da qual posso sair combalido. Pelo menos assim julgo. Talvez se não tivéssemos o passado que temos eu seguisse na direcção dela com mais coragem. Se nos conhecêssemos hoje eu olharia para tudo isto de maneira diferente. Mas assim, no contexto actual, sei que seria eu a perder e a poder sair muito magoado disto tudo. A minha opção está tomada, e claro é seguir noutra direcção.
Resume-se tudo ao (meu) problema de o presente instável não me permitir tirar a pedra do sapato que o passado representa. Vou à procura de um futuro feliz, mais uma vez.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Gente que fala demais
Sempre primei por usar de prudente discrição na minha vida profissional. E tem assim que tenho conduzido a situação actual. A minha decisão já está tomada e comunicada a quem tinha que ser comunicada.
É curioso que os dois lugares que me foram propostos são vagas abertas pela saída de dois colegas que vão trabalhar para a Noruega, e na mesma empresa. Mais uma prova do valor profissional dos portugueses. Então assim, em breve assumirei o lugar de Responsável de Supply Chain em Portugal, reportando directamente ao Director de Logística Ibérico.
Mas isto é em breve, pelo que acho haver um timing adequado para que toda a organização o saiba. Aqui as nomeações são anunciadas por nota interna da Direcção de Recursos Humanos, enviada por mail a todos os colaboradores do grupo. O que acontece é que a sombrear todo o meu enorme contentamento está o facto de me ter vindo a aperceber que já há muitas pessoas (demais mesmo) aqui na empresa com conhecimento de algo que ainda não foi oficializado, sem sequer que tenha sido eu a dizer-lhes. Não é que tal venha a constituir motivo de retrocesso no processo, mas não me deixa contente que possa ficar a ideia de que fui a difundir a informação. Sei exactamente de onde surgiu a “fuga” da novidade, mas também sei que por vezes é difícil contrariar as aparentes lógicas.
O bom é que julgo ter conseguido estancar a coisa, com o manifestar da ideia de que não era vontade das partes envolvidas que a mudança se soubesse antes do tempo definido. Felizmente esta tarde tudo será oficializado e já não haverá motivos para evitar falar sobre.
Aqui no escritório tive uma semana intensa e que passou muito depressa. Dividida entre elogios os ao meu invejável bronze e de congratulações discretas de com quem partilhei a feliz boa-nova, e menos discretas de alguns outros.
É curioso que os dois lugares que me foram propostos são vagas abertas pela saída de dois colegas que vão trabalhar para a Noruega, e na mesma empresa. Mais uma prova do valor profissional dos portugueses. Então assim, em breve assumirei o lugar de Responsável de Supply Chain em Portugal, reportando directamente ao Director de Logística Ibérico.
Mas isto é em breve, pelo que acho haver um timing adequado para que toda a organização o saiba. Aqui as nomeações são anunciadas por nota interna da Direcção de Recursos Humanos, enviada por mail a todos os colaboradores do grupo. O que acontece é que a sombrear todo o meu enorme contentamento está o facto de me ter vindo a aperceber que já há muitas pessoas (demais mesmo) aqui na empresa com conhecimento de algo que ainda não foi oficializado, sem sequer que tenha sido eu a dizer-lhes. Não é que tal venha a constituir motivo de retrocesso no processo, mas não me deixa contente que possa ficar a ideia de que fui a difundir a informação. Sei exactamente de onde surgiu a “fuga” da novidade, mas também sei que por vezes é difícil contrariar as aparentes lógicas.
O bom é que julgo ter conseguido estancar a coisa, com o manifestar da ideia de que não era vontade das partes envolvidas que a mudança se soubesse antes do tempo definido. Felizmente esta tarde tudo será oficializado e já não haverá motivos para evitar falar sobre.
Aqui no escritório tive uma semana intensa e que passou muito depressa. Dividida entre elogios os ao meu invejável bronze e de congratulações discretas de com quem partilhei a feliz boa-nova, e menos discretas de alguns outros.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Estou a 1000!
Há de facto coisas inacreditáveis!
No meu primeiro dia de regresso ao trabalho falam-me em duas propostas para mudar de departamento. Inclusive soube que as conversas internas já vão algo adiantadas, portanto agora parece-me uma questão de dias até o meu director falar comigo. Qualquer um dos dois lugares é ainda melhor do que o ocupo desde a recente promoção. Das duas opções a que se está mais adiantada é precisamente a que mais me agrada e a que me acho melhor me adaptar, além de que financeiramente é a mais interessante.
O único entrave poderá ser apenas a sua recusa em prescindir de mim no departamento, mas espero que sinceramente que não me corte as pernas.
- Por um lado julgo que o ter sido promovido recentemente, aliado à minha saída significar a segunda do departamento num curto espaço de tempo, pode levar a que por uma questão de segurança não seja vista a minha saída como aconselhável
- Por outro lado, essa mesma recente promoção pode significar confiança nas minhas capacidades e mérito para poder evoluir na carreira aqui na empresa
A verdade é que apesar da confusão e surpresa que foi o surgir destas duas situações, em paralelo, e pelo que percebi desconhecidas uma da outra, tudo isto me deixa contente pois vejo-o como reconhecimento do meu trabalho e que este não tem passado despercebido.
No meu primeiro dia de regresso ao trabalho falam-me em duas propostas para mudar de departamento. Inclusive soube que as conversas internas já vão algo adiantadas, portanto agora parece-me uma questão de dias até o meu director falar comigo. Qualquer um dos dois lugares é ainda melhor do que o ocupo desde a recente promoção. Das duas opções a que se está mais adiantada é precisamente a que mais me agrada e a que me acho melhor me adaptar, além de que financeiramente é a mais interessante.
O único entrave poderá ser apenas a sua recusa em prescindir de mim no departamento, mas espero que sinceramente que não me corte as pernas.
- Por um lado julgo que o ter sido promovido recentemente, aliado à minha saída significar a segunda do departamento num curto espaço de tempo, pode levar a que por uma questão de segurança não seja vista a minha saída como aconselhável
- Por outro lado, essa mesma recente promoção pode significar confiança nas minhas capacidades e mérito para poder evoluir na carreira aqui na empresa
A verdade é que apesar da confusão e surpresa que foi o surgir destas duas situações, em paralelo, e pelo que percebi desconhecidas uma da outra, tudo isto me deixa contente pois vejo-o como reconhecimento do meu trabalho e que este não tem passado despercebido.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
O cansaço cura-se com férias?
Vamos ver se sim!
Finalmente vou ter férias…duas semanas inteirinhas!!
Desta vez estes dias vão ser mesmo para unicamente relaxar. Dormir, comer, praia, saídas calmas. Descanso de corpo e mente. Primeira semana em Cabo Verde e a seguinte em São Pedro de Moel.
Ando tão cansado que nem tenho conseguido ter forças para pensar em nada que não seja trabalho…e férias claro!
Há tanto tempo precisava disto… Mas hoje o dia ainda vai ser longo, bem longo!! São 21:00 e nem vislumbro a hora em que possa safar-me daqui!!
Depois é…
Finalmente vou ter férias…duas semanas inteirinhas!!
Desta vez estes dias vão ser mesmo para unicamente relaxar. Dormir, comer, praia, saídas calmas. Descanso de corpo e mente. Primeira semana em Cabo Verde e a seguinte em São Pedro de Moel.
Ando tão cansado que nem tenho conseguido ter forças para pensar em nada que não seja trabalho…e férias claro!
Há tanto tempo precisava disto… Mas hoje o dia ainda vai ser longo, bem longo!! São 21:00 e nem vislumbro a hora em que possa safar-me daqui!!
Depois é…
O cansaço cura-se com férias?
I hope so...........................
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Não, não poderíamos ter ganho
Depois de a Espanha ter acabado por ganhar o euro 2008, já hoje ouvi muitos comentários de que até podiamos ter chegado pelo menos à final. Lógico que isto são comentários normais causados pelo nosso portuguesismo, uma vez que analisando friamente o que jogou a nossa selecção temos de reconhecer que não podiamos ser candidatos senão na teoria.
Não pertenço ao conjunto dos que dizem estar contentes por o troféu ter sido ganho pelos “nuestros hermanos”, por uma questão de proximidade, ou por nos vingarem a derrota perante a Alemanha, etc. Os meus preferidos depois de Portugal, eram, e por ordem, a Rússia, a Turquia, a Holanda, a Croácia, a Alemanha e só depois a Espanha. Na verdade há selecções pelas quais eu tenho verdadeira aversão em termos futebolísticos, e nelas está a Espanha, junto com a França, a Itália e a Inglaterra. Agora como campeões da Europa ninguém os vai conseguir aturar!
Quanto à nossa selecção, a equipa nacional portuguesa, começou a perder este euro quando ocorreu a lesão de Quim. Claramente se viu que Ricardo não é o grande guarda-redes que era obrigatório ter, se é que algum dia o chegou a ser. Outro ponto fraco e crucial foi a posição de defesa esquerdo. Paulo Ferreira além de ter de jogar numa posição que não é a sua, mostrou mais uma vez que o Chelsea apanhou mesmo um grande barrete ao pagar o que pagou pela sua aquisição. No conjunto das desilusões está também Quaresma, que até marcou um golo que foi só encostar o pé, mas que não aproveitou o jogo a titular contra a Suiça para mostrar que vale realmente aquilo que o FC Porto pede pelo seu passe.
Normais, sem deslumbrar mas ainda assim tendo prestações que até se podem dizer positivas, estiveram Cristiano Ronaldo, de quem se esperava muito mais dado o seu estatuto de estrela maior do nosso pais, Ricardo Carvalho, Bosingwa, Simão, Petit, João Moutinho, Nuno Gomes, Nani, Raul Meireles, Bruno Alves e Hélder Postiga.
Irónicamente os luso-brasileiros, cuja presença na selecção ainda é motivo de discordância de muita gente, foram os nossos melhores elementos. Pepe sempre em bom nível, talvez até sendo um dos melhores na sua posição neste torneio. E Deco, que renasceu depois de uma má época no Barcelona, foi sem dúvida o nosso melhor jogador. Não foi mau mas soube-me a pouco.
Não pertenço ao conjunto dos que dizem estar contentes por o troféu ter sido ganho pelos “nuestros hermanos”, por uma questão de proximidade, ou por nos vingarem a derrota perante a Alemanha, etc. Os meus preferidos depois de Portugal, eram, e por ordem, a Rússia, a Turquia, a Holanda, a Croácia, a Alemanha e só depois a Espanha. Na verdade há selecções pelas quais eu tenho verdadeira aversão em termos futebolísticos, e nelas está a Espanha, junto com a França, a Itália e a Inglaterra. Agora como campeões da Europa ninguém os vai conseguir aturar!
Quanto à nossa selecção, a equipa nacional portuguesa, começou a perder este euro quando ocorreu a lesão de Quim. Claramente se viu que Ricardo não é o grande guarda-redes que era obrigatório ter, se é que algum dia o chegou a ser. Outro ponto fraco e crucial foi a posição de defesa esquerdo. Paulo Ferreira além de ter de jogar numa posição que não é a sua, mostrou mais uma vez que o Chelsea apanhou mesmo um grande barrete ao pagar o que pagou pela sua aquisição. No conjunto das desilusões está também Quaresma, que até marcou um golo que foi só encostar o pé, mas que não aproveitou o jogo a titular contra a Suiça para mostrar que vale realmente aquilo que o FC Porto pede pelo seu passe.
Normais, sem deslumbrar mas ainda assim tendo prestações que até se podem dizer positivas, estiveram Cristiano Ronaldo, de quem se esperava muito mais dado o seu estatuto de estrela maior do nosso pais, Ricardo Carvalho, Bosingwa, Simão, Petit, João Moutinho, Nuno Gomes, Nani, Raul Meireles, Bruno Alves e Hélder Postiga.
Irónicamente os luso-brasileiros, cuja presença na selecção ainda é motivo de discordância de muita gente, foram os nossos melhores elementos. Pepe sempre em bom nível, talvez até sendo um dos melhores na sua posição neste torneio. E Deco, que renasceu depois de uma má época no Barcelona, foi sem dúvida o nosso melhor jogador. Não foi mau mas soube-me a pouco.
terça-feira, 24 de junho de 2008
I saw you in a crowded place
Ela foi uma das mulheres que me partiram o coração. C(L) foi o meu caso “Varadero”. O pecado na minha viagem de finalistas. Marcou-me negativamente a forma como tudo acabou. Ainda hoje me lembro com alguma mágoa da forma como me mentiu. E da forma como perante as evidências, provas concretas, continuou a negar ter-me mentido. Foi-me desleal. E isso é pior do que se me tivesse sido infiel.
Hoje, ao ir almoçar ao Oeiras Park, vi-a no meio de tanta gente que vai ali à hora de almoço. Eu já estava sentado à espera que me trouxessem o almoço quando ela passou no corredor. Talvez me tenha visto pois vinha mesmo de frente para o local onde eu estava sentado. Exactamente na altura em que ela ia a passar veio uma das minhas colegas perguntar-me que bebida queria, cortando-nos a linha de visão de um para o outro. Talvez tenhamos feito os dois o mesmo, vimo-nos e passámos.
C(L) foi uma das mulheres que me partiram o coração. C(C) será a próxima…
Hoje, ao ir almoçar ao Oeiras Park, vi-a no meio de tanta gente que vai ali à hora de almoço. Eu já estava sentado à espera que me trouxessem o almoço quando ela passou no corredor. Talvez me tenha visto pois vinha mesmo de frente para o local onde eu estava sentado. Exactamente na altura em que ela ia a passar veio uma das minhas colegas perguntar-me que bebida queria, cortando-nos a linha de visão de um para o outro. Talvez tenhamos feito os dois o mesmo, vimo-nos e passámos.
C(L) foi uma das mulheres que me partiram o coração. C(C) será a próxima…
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Pela Pátria lutar
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente e imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu, jucundo,
O oceano, a rugir de amor,
E o teu Braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Nação valente e imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu, jucundo,
O oceano, a rugir de amor,
E o teu Braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
quarta-feira, 18 de junho de 2008
O regresso da auditora
Soube hoje que vamos ter auditoria de qualidade daqui a exactamente uma semana. Ou seja, daqui a uma semana S vai estar aqui no escritório por alguns dias. Por certo iremos beber alguns cafés e almoçar juntos nesses dias, isto apesar da sua afirmação de não ser ético o auditor ser “amigo” do auditado.
Conheci S faz sensivelmente três anos. Recém formada, estava ainda há muito pouco tempo a trabalhar naquela empresa. Eu também trabalhava aqui não há muito tempo. Ela notava-se sem dúvida. Uma mulher, melhor uma miúda de 24 anos, pequena, com uma cara linda e uns olhos verdes muito atraentes. Um sorriso bonito, a completar uma simpatia tímida. Apenas na sua segunda passagem por aqui tivemos mais proximidade. Pelo que me deu a perceber vivia nessa altura uma fase menos feliz a nível sentimental. O seu namoro tinha terminado muito recentemente.
Mantendo a opinião de o nosso relacionamento não poder ser de amizade, mas apenas profissional, convidou-me, mesmo assim, todas as manhãs para beber café. Mesmo assim, esperava sempre que a chamasse para almoçar depois da sua colega sair. No entanto nunca achei que o seu interesse por mim fosse mais do que simpatia, isto apesar dos comentários e opiniões de alguns dos meus colegas. Mesmo achando-a terrivelmente bonita, procurei sempre manter o meu interesse somente nesse nível. Numa das nossas últimas conversas, percebendo que se poderia sentir numa altura um pouco mais sozinha, convidei-a para um cinema de verão ao ar livre. Aceitou de imediato. Fiquei contente, porque achei que iria ser muito agradável termos hipótese de estarmos juntos num ambiente diferente.
Saímos e realmente foi agradável. Pena que tenha sido só até certa altura. E essa altura foi exactamente quando percebi a sua opinião sobre o meu convite. Eu acho que uma mulher pode sempre pensar que um homem esteja interessado nela, o mesmo se aplica a um homem em relação a uma mulher. No entanto acho muito feio o ser exageradamente convencido. No caso dela, talvez até tivesse com meia razão. Isto é, eu no fundo até lhe achava muita piada, mas ia apenas ainda na parte física. Agradava-me o que via e interessava-me o pouco, e condicionado, que já conhecia. Depois logo se veria se conhecendo o resto o interesse se confirmava. E estudaria o possível interesse dela por mim.
O que ela não percebeu, ou se calhar não sabe, é que nós, homens, podemos convidar uma mulher para sair apenas por simpatia, por amizade. Nem sempre os nossos convites têm uma segunda intenção implícita. Também podemos apenas querer um pouco de companhia, conversar, distrair-nos, passar um bom bocado. Conhecer uma pessoa e achar-mos que apenas devemos ficar amigos. Mesmo que a achemos muito bonita. Não nos apaixonamos por todas as mulheres bonitas que conhecemos.
Conheci S faz sensivelmente três anos. Recém formada, estava ainda há muito pouco tempo a trabalhar naquela empresa. Eu também trabalhava aqui não há muito tempo. Ela notava-se sem dúvida. Uma mulher, melhor uma miúda de 24 anos, pequena, com uma cara linda e uns olhos verdes muito atraentes. Um sorriso bonito, a completar uma simpatia tímida. Apenas na sua segunda passagem por aqui tivemos mais proximidade. Pelo que me deu a perceber vivia nessa altura uma fase menos feliz a nível sentimental. O seu namoro tinha terminado muito recentemente.
Mantendo a opinião de o nosso relacionamento não poder ser de amizade, mas apenas profissional, convidou-me, mesmo assim, todas as manhãs para beber café. Mesmo assim, esperava sempre que a chamasse para almoçar depois da sua colega sair. No entanto nunca achei que o seu interesse por mim fosse mais do que simpatia, isto apesar dos comentários e opiniões de alguns dos meus colegas. Mesmo achando-a terrivelmente bonita, procurei sempre manter o meu interesse somente nesse nível. Numa das nossas últimas conversas, percebendo que se poderia sentir numa altura um pouco mais sozinha, convidei-a para um cinema de verão ao ar livre. Aceitou de imediato. Fiquei contente, porque achei que iria ser muito agradável termos hipótese de estarmos juntos num ambiente diferente.
Saímos e realmente foi agradável. Pena que tenha sido só até certa altura. E essa altura foi exactamente quando percebi a sua opinião sobre o meu convite. Eu acho que uma mulher pode sempre pensar que um homem esteja interessado nela, o mesmo se aplica a um homem em relação a uma mulher. No entanto acho muito feio o ser exageradamente convencido. No caso dela, talvez até tivesse com meia razão. Isto é, eu no fundo até lhe achava muita piada, mas ia apenas ainda na parte física. Agradava-me o que via e interessava-me o pouco, e condicionado, que já conhecia. Depois logo se veria se conhecendo o resto o interesse se confirmava. E estudaria o possível interesse dela por mim.
O que ela não percebeu, ou se calhar não sabe, é que nós, homens, podemos convidar uma mulher para sair apenas por simpatia, por amizade. Nem sempre os nossos convites têm uma segunda intenção implícita. Também podemos apenas querer um pouco de companhia, conversar, distrair-nos, passar um bom bocado. Conhecer uma pessoa e achar-mos que apenas devemos ficar amigos. Mesmo que a achemos muito bonita. Não nos apaixonamos por todas as mulheres bonitas que conhecemos.
Saímos e essa foi a primeira e a última vez. Nessa noite o meu interesse por ela não cresceu…
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Behind the mask
- Bem, tu és um bocadito reservado!
Foi esta a frase, comentário, que me despertou. A meio de uma conversa circunstancial numa pausa para café, R atirou-me a frase cheia de certeza. Ainda meio surpreendido respondi-lhe com a pergunta reactiva. “Achas?”
- Acho. – respondeu-me. – Tu és bastante falador, extrovertido, mas nunca dizes nada sobre ti!
Pareceu-me interrogativa. Tive receio de ter vindo a ser observado e poder ter deixado transparecer algo que não queria.
- Parece que está sempre tudo muito bem contigo. Estás sempre muito sereno, muito calmo e nunca falas em nada que te possa ter deixado ficar menos bem.
Fiquei ainda mais apreensivo com o que ela estaria a querer dizer. Não sei se percebeu a minha atrapalhação com a conversa. Na verdade, nem tive consciência na altura, de que me apanhou de surpresa por apreensão do que a teria levado a iniciar aquela conversa. Poderia ela reparar em mim mais do que eu imaginava e talvez interpretar-me de um modo que não supunha, nem desejava. Já não me recordo do que lhe respondi, por certo explicações lógicas que apenas tinham o objectivo de dar a entender que não estava a perceber o que queria dizer.
- Parece-me que não andas bem. A tua alegria não me tem parecido tão genuina.
Sempre fui assim. Reservado. Nunca fui pessoa de expor os meus problemas, as minhas tristezas, oe meus receios e medos. Nunca baixei a cabeça e fiz de coitadinho. Nunca falei nas dificuldades financeiras que tivemos quando a minha mãe voltou a Portugal. Da rejeição que sofremos por parte da minha família por a minha mãe ter voltado divorciada. Da falta do meu pai na minha vida. Nunca falei da falta do meu pai na minha vida. De me sentir diferente na escola por não ter uma família normal. De não ter todos os brinquedos que os meus amigos tinham. Dos amores não correspondidos. Dos namoros falhados. Das dificuldades para poder aguentar-me na faculdade. Da pena que tenho em não ter agora uma situação familiar como a maior parte dos meus amigos, casados e com filhos. E agora a doença do avô M, que me tem deixado tão triste mas que tenho feito por não dar a entender. Principalmente com ele.
A R disse-lhe que deveria ser impressão dela. Que apenas andava muito mais atarefado, com falta de tempo, mais trabalho e muito a aprender nas nova função. Depois que motivos teria? Tinha a minha família comigo. As coisas com C estão bem. Tinha sido promovido e aumentado. E ainda por cima o Verão estava a chegar.
- Pois! Mas nota-se que andas com um olhar triste.
Foi esta a frase, comentário, que me despertou. A meio de uma conversa circunstancial numa pausa para café, R atirou-me a frase cheia de certeza. Ainda meio surpreendido respondi-lhe com a pergunta reactiva. “Achas?”
- Acho. – respondeu-me. – Tu és bastante falador, extrovertido, mas nunca dizes nada sobre ti!
Pareceu-me interrogativa. Tive receio de ter vindo a ser observado e poder ter deixado transparecer algo que não queria.
- Parece que está sempre tudo muito bem contigo. Estás sempre muito sereno, muito calmo e nunca falas em nada que te possa ter deixado ficar menos bem.
Fiquei ainda mais apreensivo com o que ela estaria a querer dizer. Não sei se percebeu a minha atrapalhação com a conversa. Na verdade, nem tive consciência na altura, de que me apanhou de surpresa por apreensão do que a teria levado a iniciar aquela conversa. Poderia ela reparar em mim mais do que eu imaginava e talvez interpretar-me de um modo que não supunha, nem desejava. Já não me recordo do que lhe respondi, por certo explicações lógicas que apenas tinham o objectivo de dar a entender que não estava a perceber o que queria dizer.
- Parece-me que não andas bem. A tua alegria não me tem parecido tão genuina.
Sempre fui assim. Reservado. Nunca fui pessoa de expor os meus problemas, as minhas tristezas, oe meus receios e medos. Nunca baixei a cabeça e fiz de coitadinho. Nunca falei nas dificuldades financeiras que tivemos quando a minha mãe voltou a Portugal. Da rejeição que sofremos por parte da minha família por a minha mãe ter voltado divorciada. Da falta do meu pai na minha vida. Nunca falei da falta do meu pai na minha vida. De me sentir diferente na escola por não ter uma família normal. De não ter todos os brinquedos que os meus amigos tinham. Dos amores não correspondidos. Dos namoros falhados. Das dificuldades para poder aguentar-me na faculdade. Da pena que tenho em não ter agora uma situação familiar como a maior parte dos meus amigos, casados e com filhos. E agora a doença do avô M, que me tem deixado tão triste mas que tenho feito por não dar a entender. Principalmente com ele.
A R disse-lhe que deveria ser impressão dela. Que apenas andava muito mais atarefado, com falta de tempo, mais trabalho e muito a aprender nas nova função. Depois que motivos teria? Tinha a minha família comigo. As coisas com C estão bem. Tinha sido promovido e aumentado. E ainda por cima o Verão estava a chegar.
- Pois! Mas nota-se que andas com um olhar triste.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Afinal fui
- Olá I, ligaste-me?
- Olá! Sim liguei.
- Desculpa não ouvi, estava a almoçar. O que me queres?
- É que uma colega minha arranjou-me bilhetes para o Rock in Rio, e era para ver se querias ir logo!
- Ah, claro que sim! Quem é hoje?
- Alanis Morisette, Alejandro Sanz, e Bon Jovi.
- Ok! É de graça, então vamos lá!
Pronto e quando menos esperava a minha querida amiga I lá me arranjou uma entrada para o Rock in Rio. Adorei Alanis, Sanz nem por isso, Bon Jovi nunca apreciei, mas acabei por gostar de voltar a ouvir as mais conhecidas das velhas músicas, valeu também por ainda tter tido o bónus de Rui Veloso pelo meio. No fim acabei por descobrir que estou na fronteira de começar a gostar mais de assistir a concertos sentadinho. Já não aguento por muito tempo os pulos, as palmas, o cantar alto, e o abanar o corpinho. O cansaço fez-me voltar a casa tendo apenas feito uma passagem na tenda electrónica para espreitar.
Rock in Rio 2008? Eu fui!
- Olá! Sim liguei.
- Desculpa não ouvi, estava a almoçar. O que me queres?
- É que uma colega minha arranjou-me bilhetes para o Rock in Rio, e era para ver se querias ir logo!
- Ah, claro que sim! Quem é hoje?
- Alanis Morisette, Alejandro Sanz, e Bon Jovi.
- Ok! É de graça, então vamos lá!
Pronto e quando menos esperava a minha querida amiga I lá me arranjou uma entrada para o Rock in Rio. Adorei Alanis, Sanz nem por isso, Bon Jovi nunca apreciei, mas acabei por gostar de voltar a ouvir as mais conhecidas das velhas músicas, valeu também por ainda tter tido o bónus de Rui Veloso pelo meio. No fim acabei por descobrir que estou na fronteira de começar a gostar mais de assistir a concertos sentadinho. Já não aguento por muito tempo os pulos, as palmas, o cantar alto, e o abanar o corpinho. O cansaço fez-me voltar a casa tendo apenas feito uma passagem na tenda electrónica para espreitar.
Rock in Rio 2008? Eu fui!
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Malditas insónias
Já lá vão três noites seguidas de insónias!
Na noite de Domingo cheguei mesmo a ver as 5:00! Segunda e terça já só cheguei a ver as 3:00... Depois da primeira noite pensei que ia chegar à cama e cair de sono. Nada disso. Rebolo para um lado, para o outro, vejo televisão, leio, rezo, ligo o portátil para um jogo, sudoku, palavras cruzadas, e jogos mentais de me obrigar a pensar em coisas banais. Sem resultado.
Vou cansar o corpo no ginásio, que já lá não vou para duas semanas, que pode ser que ajude. Depois vamos ver como vai ser quando chegar a hora. Tá muito difícil...
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Combustíveis: um problema social
Nestes últimos dias o grande tema de preocupação tem sido o constante aumento dos preços dos combustíveis. A incógnita de cada dia é se haverá aumento, tendo mesmo substituído o “estado do tempo” como tema central no de conversas circunstancais. Cada um de nós já construiu teorias e achou culpados para o desnorte gerado pelos consecutivos aumentos.
Infelizmente os combustíveis têm um papel de extrema importância na economia nacional, pela parcela que têm no custo de distribuição da maior parte dos produtos que consumimos, e também na vida social, pela utilização massiva do automóvel no dia a dia de cada cidadão. As implicações são lógicas e alguma fáceis de perceber, o aumento de outros produtos, que têm o seu custo formado directa ou indirectamente pelo valor do combustível, e o aumento daquilo que nos custa ir a qualquer sítio, quer seja para trabalhar ou passear.
Tenho um grande culpado inicial a apontar para o surgir deste problema: o governo que decidiu aprovar a liberalização dos preços. O controle de preços feito pelo estado até então consistia no estabeleciemento de um tecto máximo dos preços. Ao deixar de exercer esta limitação, com a justificação de existir número relativo de concorrentes no mercado, o estado criou a expectativa de que poderia haver uma guerra de preços, com a sua consequente redução. Logo na altura não acreditei, mesmo sem ter grande conhecimento de causa sobre este assunto. A conclusão é que foi uma péssima decisão governamental, principalmente na questão do bem estar social, quanto a mim um dos principais papéis do estado.
Actualmente julgo que a causa destes preços são as margens das gasolineiras colocadas sobre o custo efectivo do combustível. A grande carga fiscal que recai sobre estes produtos é uma das justificações apresentadas para termos dos preços mais altos da Europa, e também para a diferença que existe em relação a Espanha. Isto transfere a culpa para o estado e também se lhe empurra a responsabilidade de acção para deixar de haver aumentos. Começa a ser evidente que em função da diferença de preços praticada em Espanha, o estado português perde uma quantia razoável em receita fiscal, em benefício do estado espanhol. Claro que não se trata de uma concorrência de estados, mas este aspecto constitui um empobrecimento da nossa receita fiscal favorecendo um estado que engloba muitas empresas que exercem concorrência directa com algumas das empresas nacionais. A minha dúvida é se será o estado ou as gasolineiras o culpado para isto ocorrer. O consumidor esse tem todo o direito de procurar a melhor relação preço-qualidade, neste caso o preço é sempre o factor de vantagem.
Também já ouvi a justificação de que o preço é feito pelo mercado e não pelo custo do produto, o que vem ao encontro da minha opinião que são as margens colocadas pelas gasolineiras a causa dos altos preços.
Então ao tal preço definido pelo mercado, terá de se subtrair o preço de custo para se poder ter uma ideia de qual a margem das gasolineiras. O preço de custo surge pelo preço do crude, em barril que tem cerca de 159 litros, dependente do custo da extracção, mais custos de transporte, impostos definidos pelo país produtor, etc. A esse valor soma-se o custo de refinação, mais uma vez com custos de transporte, seguros, armazenagem, distribuição, etc. Depois lá vem a fatia do estado, o ISP, imposto sobre produtos petrolíferos, e também ecotaxa. Existe ainda o IVA, e com a tal margem podemos então chegar ao preço apresentado ao consumidor final. Dado o desconhecimento que quase todos nós temos sobre estes valores, e até sequer como os estimar, esta margem continua a ser uma incógnita demasiado secreta, para o sofrimento causado no orçamento individual de cada português.
Em Portugal só uma gasolineira possui indústria de refinação, as restantes, não compensando a importação da totalidade do produto, terão de lhe comprar o combustível que comercializam. Esta gasolineira, que todos sabemos qual é, claramente líder de mercado, pela sua acção, define os preços a praticar, as restantes acompanham. Não afirmando haver cartel para definição dos preços, acho evidente haver um entendimento na fixação dos preços. Mesmo assim surgem algumas questões, como o porquê de as mesmas comopanhias praticarem preços diferentes em Portugal e em Espanha. Ou porque é que as gasolineiras dependentes de preços, e fornecimentos, da líder de mercado, conseguem mesmo assim ter preços mais baixos, chegando em alguns casos aos 5 cêntimos, e nem me estou a refirir aos hipermercados.
Independentemente do motivo, quer seja o interesse das gasolineiras em continuar a apresentar grandes resultados, ou pelo facto de o estado não querer abdicar de importante e volumosa fatia da receita fiscal, o que nos interessa é que haja uma acção que constitua um travão a este aumentar de preços. Afinal somos nós os grandes prejudicados desta situação.
Infelizmente os combustíveis têm um papel de extrema importância na economia nacional, pela parcela que têm no custo de distribuição da maior parte dos produtos que consumimos, e também na vida social, pela utilização massiva do automóvel no dia a dia de cada cidadão. As implicações são lógicas e alguma fáceis de perceber, o aumento de outros produtos, que têm o seu custo formado directa ou indirectamente pelo valor do combustível, e o aumento daquilo que nos custa ir a qualquer sítio, quer seja para trabalhar ou passear.
Tenho um grande culpado inicial a apontar para o surgir deste problema: o governo que decidiu aprovar a liberalização dos preços. O controle de preços feito pelo estado até então consistia no estabeleciemento de um tecto máximo dos preços. Ao deixar de exercer esta limitação, com a justificação de existir número relativo de concorrentes no mercado, o estado criou a expectativa de que poderia haver uma guerra de preços, com a sua consequente redução. Logo na altura não acreditei, mesmo sem ter grande conhecimento de causa sobre este assunto. A conclusão é que foi uma péssima decisão governamental, principalmente na questão do bem estar social, quanto a mim um dos principais papéis do estado.
Actualmente julgo que a causa destes preços são as margens das gasolineiras colocadas sobre o custo efectivo do combustível. A grande carga fiscal que recai sobre estes produtos é uma das justificações apresentadas para termos dos preços mais altos da Europa, e também para a diferença que existe em relação a Espanha. Isto transfere a culpa para o estado e também se lhe empurra a responsabilidade de acção para deixar de haver aumentos. Começa a ser evidente que em função da diferença de preços praticada em Espanha, o estado português perde uma quantia razoável em receita fiscal, em benefício do estado espanhol. Claro que não se trata de uma concorrência de estados, mas este aspecto constitui um empobrecimento da nossa receita fiscal favorecendo um estado que engloba muitas empresas que exercem concorrência directa com algumas das empresas nacionais. A minha dúvida é se será o estado ou as gasolineiras o culpado para isto ocorrer. O consumidor esse tem todo o direito de procurar a melhor relação preço-qualidade, neste caso o preço é sempre o factor de vantagem.
Também já ouvi a justificação de que o preço é feito pelo mercado e não pelo custo do produto, o que vem ao encontro da minha opinião que são as margens colocadas pelas gasolineiras a causa dos altos preços.
Então ao tal preço definido pelo mercado, terá de se subtrair o preço de custo para se poder ter uma ideia de qual a margem das gasolineiras. O preço de custo surge pelo preço do crude, em barril que tem cerca de 159 litros, dependente do custo da extracção, mais custos de transporte, impostos definidos pelo país produtor, etc. A esse valor soma-se o custo de refinação, mais uma vez com custos de transporte, seguros, armazenagem, distribuição, etc. Depois lá vem a fatia do estado, o ISP, imposto sobre produtos petrolíferos, e também ecotaxa. Existe ainda o IVA, e com a tal margem podemos então chegar ao preço apresentado ao consumidor final. Dado o desconhecimento que quase todos nós temos sobre estes valores, e até sequer como os estimar, esta margem continua a ser uma incógnita demasiado secreta, para o sofrimento causado no orçamento individual de cada português.
Em Portugal só uma gasolineira possui indústria de refinação, as restantes, não compensando a importação da totalidade do produto, terão de lhe comprar o combustível que comercializam. Esta gasolineira, que todos sabemos qual é, claramente líder de mercado, pela sua acção, define os preços a praticar, as restantes acompanham. Não afirmando haver cartel para definição dos preços, acho evidente haver um entendimento na fixação dos preços. Mesmo assim surgem algumas questões, como o porquê de as mesmas comopanhias praticarem preços diferentes em Portugal e em Espanha. Ou porque é que as gasolineiras dependentes de preços, e fornecimentos, da líder de mercado, conseguem mesmo assim ter preços mais baixos, chegando em alguns casos aos 5 cêntimos, e nem me estou a refirir aos hipermercados.
Independentemente do motivo, quer seja o interesse das gasolineiras em continuar a apresentar grandes resultados, ou pelo facto de o estado não querer abdicar de importante e volumosa fatia da receita fiscal, o que nos interessa é que haja uma acção que constitua um travão a este aumentar de preços. Afinal somos nós os grandes prejudicados desta situação.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Qual deles?
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Os (meus) 23 para o Europeu
Hoje, enquanto vinha no caminho para o escritório, lembrei-me de escolher os meus seleccionados para disputarmos o Europeu de futebol. Fiz uma lista mental dos jogadores que eu escolheria se fosse o seleccionador nacional.
Começando pela baliza sem dúvida que escolheria Quim (Benfica), para ser o guarda-redes titular. Ricardo (Bétis) e Eduardo (V. Setúbal) seriam os suplentes para a baliza. Quim é titular no Benfica e está numa forma fantástica, foi quanto a mim o melhor jogador do Benfica esta época. Ricardo não tem jogado com regularidade no Bétis, a sua forma é uma incógnita mas está sem dúvida nos três melhores guardiões portugueses da actualidade. Eduardo seria um prémio pela excelente época que fez, foi sem dúvida um dos jogadores mais em destaque no Setúbal.
Para o lado direito da defesa escolheria Bosingwa (FC Porto), para titular, e Miguel (Valência). O primeiro porque cresceu como jogador neste ano de tal forma que se tornou num dos melhores defesas-direitos da Europa. Miguel por ser sempre uma garantia de desempenhar bem o lugar, é combativo a defender e agressivo no ataque.
O lugar de defesa esquerdo é o nosso sector, que considero ser o mais fraco. Para a equipa inicial escolheria Jorge Ribeiro (Boavista). Um defesa de tendência ofensiva e com bom remate de meia distância. Sendo predominantemente um jogador defensivo, Caneira (Valência) seria a alternativa pela sua polivalência, um defesa central que faz bem a posição no lado esquerdo da defesa, e que em caso de necessidade poderá sempre ser chamado a jogar no meio.
Na zona central da defesa escolheria Ricardo Carvalho (Chelsea) e Pepe (Real Madrid), dois dos melhores jogadores do mundo nesta posição. Bruno Alves (FC Porto) seria um substituto à altura para formar dupla com qualquer um deles. Juntava à lista Fernando Meira (Estugarda), jogador já muito experiente e que pode fazer o lugar de trinco no meio campo.
Na zona mais defensiva do meio campo escolheria Petit (Benfica), pela necessidade de ter um jogador de combate numa zona crucial do terreno. A alternativa para esta posição seria João Moutinho (Sporting), que também pode ocupar outras posições no miolo do terreno.
Para a posição de volante no meio campo optaria por Maniche (Inter Milão), que espero que esteja numa boa forma na altura do europeu. Jogador muito combativo e experiente do que é jogar na selecção. A opção seria Raul Meireles (FC Porto), que também pode fazer com eficiência a posição mais defensiva no meio campo.
O lugar de organizador de jogo pertence a Deco (Barcelona), que apesar de ter tido algumas lesões ao longo da época parece estar agora a atingir a sua boa forma. Para alternativa julgo que José Pedro (Belenenses) merecia a oportunidade de jogar na selecção, além de que opino ser um jogador com valor para integrar este grupo.
Nas faixas atacantes temos o indiscutível Cristiano Ronaldo (Manchester), e em função da excelente época que fez. Pode também ser usado a ponta de lança. Quaresma (FC Porto) teria lugar no lado oposto, quer fosse à esquerda ou à direita. As capacidades de ambos permitem uma troca constante de flanco durante o jogo. As alternativas seriam Simão (At. Madrid) e Nani (Manchester). O primeiro até poderá ser algumas vezes titular dado que é um jogador muito constante nas suas exibições, isto se recuperar a boa forma, uma vez que teve uma época intermitente fruto de algumas lesões. O segundo é uma excelente opção para entrar com o jogo já a decorrer.
Para a posição de ponta de lança Nuno Gomes (Benfica) seria a primeira opção, e Hugo Almeida (Werder Bremen) como alternativa. São actualmente os dois melhores jogadores nesta posição, e que podem até jogar juntos na frente de ataque tendo em conta as suas distintas características.
Seriam então estes os meus 23 escolhidos. Claro que deixaria de fora alguns jogadores que muitos outros escolheriam e que talvez até sejam mesmo, alguns deles, seleccionados por Scolari. São eles, por exemplo, Jorge Andrade, Paulo Ferreira, Tiago, Miguel Veloso, Hélder Postiga, Carlos Martins, Makukula, Paulo Santos, Manuel Fernandes. Mas o que desejo mesmo é que vão os que forem que tragam o título de campeões da Europa.
Começando pela baliza sem dúvida que escolheria Quim (Benfica), para ser o guarda-redes titular. Ricardo (Bétis) e Eduardo (V. Setúbal) seriam os suplentes para a baliza. Quim é titular no Benfica e está numa forma fantástica, foi quanto a mim o melhor jogador do Benfica esta época. Ricardo não tem jogado com regularidade no Bétis, a sua forma é uma incógnita mas está sem dúvida nos três melhores guardiões portugueses da actualidade. Eduardo seria um prémio pela excelente época que fez, foi sem dúvida um dos jogadores mais em destaque no Setúbal.
Para o lado direito da defesa escolheria Bosingwa (FC Porto), para titular, e Miguel (Valência). O primeiro porque cresceu como jogador neste ano de tal forma que se tornou num dos melhores defesas-direitos da Europa. Miguel por ser sempre uma garantia de desempenhar bem o lugar, é combativo a defender e agressivo no ataque.
O lugar de defesa esquerdo é o nosso sector, que considero ser o mais fraco. Para a equipa inicial escolheria Jorge Ribeiro (Boavista). Um defesa de tendência ofensiva e com bom remate de meia distância. Sendo predominantemente um jogador defensivo, Caneira (Valência) seria a alternativa pela sua polivalência, um defesa central que faz bem a posição no lado esquerdo da defesa, e que em caso de necessidade poderá sempre ser chamado a jogar no meio.
Na zona central da defesa escolheria Ricardo Carvalho (Chelsea) e Pepe (Real Madrid), dois dos melhores jogadores do mundo nesta posição. Bruno Alves (FC Porto) seria um substituto à altura para formar dupla com qualquer um deles. Juntava à lista Fernando Meira (Estugarda), jogador já muito experiente e que pode fazer o lugar de trinco no meio campo.
Na zona mais defensiva do meio campo escolheria Petit (Benfica), pela necessidade de ter um jogador de combate numa zona crucial do terreno. A alternativa para esta posição seria João Moutinho (Sporting), que também pode ocupar outras posições no miolo do terreno.
Para a posição de volante no meio campo optaria por Maniche (Inter Milão), que espero que esteja numa boa forma na altura do europeu. Jogador muito combativo e experiente do que é jogar na selecção. A opção seria Raul Meireles (FC Porto), que também pode fazer com eficiência a posição mais defensiva no meio campo.
O lugar de organizador de jogo pertence a Deco (Barcelona), que apesar de ter tido algumas lesões ao longo da época parece estar agora a atingir a sua boa forma. Para alternativa julgo que José Pedro (Belenenses) merecia a oportunidade de jogar na selecção, além de que opino ser um jogador com valor para integrar este grupo.
Nas faixas atacantes temos o indiscutível Cristiano Ronaldo (Manchester), e em função da excelente época que fez. Pode também ser usado a ponta de lança. Quaresma (FC Porto) teria lugar no lado oposto, quer fosse à esquerda ou à direita. As capacidades de ambos permitem uma troca constante de flanco durante o jogo. As alternativas seriam Simão (At. Madrid) e Nani (Manchester). O primeiro até poderá ser algumas vezes titular dado que é um jogador muito constante nas suas exibições, isto se recuperar a boa forma, uma vez que teve uma época intermitente fruto de algumas lesões. O segundo é uma excelente opção para entrar com o jogo já a decorrer.
Para a posição de ponta de lança Nuno Gomes (Benfica) seria a primeira opção, e Hugo Almeida (Werder Bremen) como alternativa. São actualmente os dois melhores jogadores nesta posição, e que podem até jogar juntos na frente de ataque tendo em conta as suas distintas características.
Seriam então estes os meus 23 escolhidos. Claro que deixaria de fora alguns jogadores que muitos outros escolheriam e que talvez até sejam mesmo, alguns deles, seleccionados por Scolari. São eles, por exemplo, Jorge Andrade, Paulo Ferreira, Tiago, Miguel Veloso, Hélder Postiga, Carlos Martins, Makukula, Paulo Santos, Manuel Fernandes. Mas o que desejo mesmo é que vão os que forem que tragam o título de campeões da Europa.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Atracção pela faixa do meio
Não consigo compreender a razão pela qual alguns condutores insistem em circular constantemente pela faixa do meio da auto-estrada.
Fim-de-semana prolongado e viagem com a família a Tomar. Levei o carro de C emprestado, para obstar ao desconforto que uma viagem no meu Defender causaria aos meus avós. Ao longo da A1, e apenas até à saida de Torres Novas, deparei-me com uns quantos condutores com este inaceitável tique de persistência em circular na faixa do meio, tendo livre a faixa mais à direita. Como não vão naquela faixa para efectuar uma ultrapassagem só posso pensar que desconhecem o código da estrada.
Nº 1 do art.º 14º do Código da Estrada:
“Sempre que, no mesmo sentido, sejam possíveis duas ou mais filas de trânsito, este deve fazer-se pela via de trânsito mais à direita.”
Este hábito torna-se mais incompreensível quando o fazem a baixa velocidade, por exemplo a cerca de 80 km/h, o que atrapalha quem circule mais rápido e precise de os ultrapassar. Quando deparamos com um destes magníficos condutores ficamos num dilema: Sabemos que devemos ultrapassar pela esquerda, mas eis que nesse momento olhamos pelo espelho e vemos um outro carro, ainda mais rápido, já em ultrapassagem pela faixa da esquerda. Como o magnífico condutor da faixa central não se apercebe, ou não percebe, ou então ignora os sinais evidentes do que está a passar ali perto de si e que evidenciam que deveria mudar para a faixa mais à direita, resta então fazer a ultrapassagem pela direita.
Algumas vezes, levado pela irritação que estas teimosias provocam, olho para o lado para mostrar apenas um abanar de cabeça desaprovador da sua condição de “estorvo” de trânsito. Vejo quase sempre um condutor(a) que nem sequer move a cabeça por achar estranho estar a ser ultrapassado pela direita. Depois de ultrapassar chego a colocar-me à sua frente e fazer pisca para depois voltar a encostar à direita. Lamentavelmente vou verificando pelo espelho que de nada valeu. Por certo estes condutores não estarão a conduzir na mesma estrada que eu.
Com isto tudo apetece-me parar junto a um destes condutores e dizer-lhe:
- Ó estúpido sai do meio da estrada!
Fim-de-semana prolongado e viagem com a família a Tomar. Levei o carro de C emprestado, para obstar ao desconforto que uma viagem no meu Defender causaria aos meus avós. Ao longo da A1, e apenas até à saida de Torres Novas, deparei-me com uns quantos condutores com este inaceitável tique de persistência em circular na faixa do meio, tendo livre a faixa mais à direita. Como não vão naquela faixa para efectuar uma ultrapassagem só posso pensar que desconhecem o código da estrada.
Nº 1 do art.º 14º do Código da Estrada:
“Sempre que, no mesmo sentido, sejam possíveis duas ou mais filas de trânsito, este deve fazer-se pela via de trânsito mais à direita.”
Este hábito torna-se mais incompreensível quando o fazem a baixa velocidade, por exemplo a cerca de 80 km/h, o que atrapalha quem circule mais rápido e precise de os ultrapassar. Quando deparamos com um destes magníficos condutores ficamos num dilema: Sabemos que devemos ultrapassar pela esquerda, mas eis que nesse momento olhamos pelo espelho e vemos um outro carro, ainda mais rápido, já em ultrapassagem pela faixa da esquerda. Como o magnífico condutor da faixa central não se apercebe, ou não percebe, ou então ignora os sinais evidentes do que está a passar ali perto de si e que evidenciam que deveria mudar para a faixa mais à direita, resta então fazer a ultrapassagem pela direita.
Algumas vezes, levado pela irritação que estas teimosias provocam, olho para o lado para mostrar apenas um abanar de cabeça desaprovador da sua condição de “estorvo” de trânsito. Vejo quase sempre um condutor(a) que nem sequer move a cabeça por achar estranho estar a ser ultrapassado pela direita. Depois de ultrapassar chego a colocar-me à sua frente e fazer pisca para depois voltar a encostar à direita. Lamentavelmente vou verificando pelo espelho que de nada valeu. Por certo estes condutores não estarão a conduzir na mesma estrada que eu.
Com isto tudo apetece-me parar junto a um destes condutores e dizer-lhe:
- Ó estúpido sai do meio da estrada!
segunda-feira, 21 de abril de 2008
A merecida promoção
A semana passada tive a novidade que ia mudar de função aqui na empresa. Na verdade não muda muito em relação ao que faço agora, apenas passo a ser responsável pela equipa na qual até agora estava integrado como projectista. Uma promoção. Fiquei contente, e admirado, quando percebi que poderiam apostar em mim para substituir RE, e não optaram por ir ao mercado procurar algum “craque”. Tenho visto que é o que têm feito noutros departamentos quando abre alguma vaga. Sempre critiquei o não se apostar na prata da casa, mas desta vez felizmente para mim olharam cá para dentro.
Então o que muda após três anos é que passo a ter mais contacto com os nossos clientes, mais trabalho de revisão final nos projectos em carteira, visitas a clientes, mais deslocações à sede em Madrid, mais responsabilidade e melhores condições. Além do aumento “obrigatório” no vencimento passo a ter carro da empresa, isto sim foi o que mais me agradou.
Mas tenho que sublinhar que esta promoção foi bem merecida, aliás mais que merecida, impunha-se que assim fosse. Porquê? Porque sempre soube que sou melhor que RE, porque sempre tenho sido eu a aguentar as pontas nos momentos críticos, porque adoro o que faço, porque sou dedicado, porque visto a camisola, porque sinto que inspiro confiança, porque sei que gostam de mim de do meu trabalho, e porque devo desejar o melhor para mim e assim achar que mereço mesmo isto.
De qualquer forma continuo decidido a diminuir o meu estado de workaholic.
Então o que muda após três anos é que passo a ter mais contacto com os nossos clientes, mais trabalho de revisão final nos projectos em carteira, visitas a clientes, mais deslocações à sede em Madrid, mais responsabilidade e melhores condições. Além do aumento “obrigatório” no vencimento passo a ter carro da empresa, isto sim foi o que mais me agradou.
Mas tenho que sublinhar que esta promoção foi bem merecida, aliás mais que merecida, impunha-se que assim fosse. Porquê? Porque sempre soube que sou melhor que RE, porque sempre tenho sido eu a aguentar as pontas nos momentos críticos, porque adoro o que faço, porque sou dedicado, porque visto a camisola, porque sinto que inspiro confiança, porque sei que gostam de mim de do meu trabalho, e porque devo desejar o melhor para mim e assim achar que mereço mesmo isto.
De qualquer forma continuo decidido a diminuir o meu estado de workaholic.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Será verdade?
Meu coração
Sem direção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar
E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração
Hoje eu sei
Eu te amei
No vento de um temporal
Mas fui mais
Muito além
Do tempo do vendaval
Nos desejos
Num beijo
Que eu jamais provei igual
E as estrelas dão um sinal
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração...
Sem direção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar
E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração
Hoje eu sei
Eu te amei
No vento de um temporal
Mas fui mais
Muito além
Do tempo do vendaval
Nos desejos
Num beijo
Que eu jamais provei igual
E as estrelas dão um sinal
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração...
terça-feira, 1 de abril de 2008
Hoje cheguei aos 32!
Comecei logo ontem a festejar. Bem na verdade o que fiz foi ir jantar com C e chegar às 0:00 do dia 01 de Abril de 2008, estando com ela.
Sai cedo do escritório. Nem sequer consegui escrever aqui o quanto gratificante foi ter ido no Domingo ao Estádio da Luz com o meu querido avô M. Cerca de 10 minutos depois das 18:00 desliguei o PC, vesti o casaco e apanhei o elevador directo ao estacionamento. Pelo corredor ainda ouvi pelo menos dois comentários irónicos, surpreendidos e insinuadores de um estado de saúde débil a fazer-me sair áquela hora! Estão é muito mal habituados, é o que é! Soube bem sair e ainda haver luz do dia. Já nem me lembro da última vez que tal tinha acontecido.
Uma ida a casa para descansar um pouco, tomar um banho emudar de roupa. Fui ter a casa dela à hora combinada e seguimos até à Avenida da Liberdade. Deixei o carro no parque subterrâneo e fomos jantar à Casa do Alentejo. Aquele restaurante tem muito da nossa história. Ontem mais uma vez estava repleto de estrangeiros, cheguei mesmo a comentar que deveriamos ser os únicos portugueses naquela sala. Por sorte conseguimos uma mesa junto a uma das janelas sobre o pátio.
Acabado o jantar saimos do restaurante e fomos para o Café In. Estacionei e esperámos que chegasse a meia noite antes de entrarmos no café. Sentados no chão pudemos ficar a olhar o rio, abraçados e a esperar para que fosse ela a primeira pessoa a dar-me os parabéns. E foi…
Hoje vai ser jantar de família. Vou sair cedo de novo e vamos jantar ao Gordinni de Cascais.
Sai cedo do escritório. Nem sequer consegui escrever aqui o quanto gratificante foi ter ido no Domingo ao Estádio da Luz com o meu querido avô M. Cerca de 10 minutos depois das 18:00 desliguei o PC, vesti o casaco e apanhei o elevador directo ao estacionamento. Pelo corredor ainda ouvi pelo menos dois comentários irónicos, surpreendidos e insinuadores de um estado de saúde débil a fazer-me sair áquela hora! Estão é muito mal habituados, é o que é! Soube bem sair e ainda haver luz do dia. Já nem me lembro da última vez que tal tinha acontecido.
Uma ida a casa para descansar um pouco, tomar um banho emudar de roupa. Fui ter a casa dela à hora combinada e seguimos até à Avenida da Liberdade. Deixei o carro no parque subterrâneo e fomos jantar à Casa do Alentejo. Aquele restaurante tem muito da nossa história. Ontem mais uma vez estava repleto de estrangeiros, cheguei mesmo a comentar que deveriamos ser os únicos portugueses naquela sala. Por sorte conseguimos uma mesa junto a uma das janelas sobre o pátio.
Acabado o jantar saimos do restaurante e fomos para o Café In. Estacionei e esperámos que chegasse a meia noite antes de entrarmos no café. Sentados no chão pudemos ficar a olhar o rio, abraçados e a esperar para que fosse ela a primeira pessoa a dar-me os parabéns. E foi…
Hoje vai ser jantar de família. Vou sair cedo de novo e vamos jantar ao Gordinni de Cascais.
Eu, o avô M e o Benfica
Foi um Domingo em grande. Vitória gorda, dois golos de Rui Costa no dia seguinte a completar 36 anos, grandes golos, festa empolgante. Mas o mais importante foi a felicidade que senti por ver o contentamento do avô M quando lhe disse que iamos ao futebol. Foi adorável a sua reacção quando no fim do almoço lhe mostrei os bilhetes e lhe disse que ele ia comigo. Passada a surpresa tive de conter a sua insistência em querer ser ele a pagar os bilhetes. Adorável foi também ver a minha avó preocupada com os agasalhos com que iamos para jogo. Cachecol bem enrolado no pescoço de cada um e lá fomos nós.
Procurei chegar com antecedência para evitar a confusão da entrada no estádio. Sentados nos nossos lugares lá assistimos a mais uma vitória do nosso Benfica. Foi a primeira vez do avô M neste novo estádio. Levei-o eu tal como ele me levou algumas vezes, ao antigo estádio, quando eu era miúdo. O jogo foi o sofrimento habitual, para depois acabarmos por ter uma vitória redundante. Golos fantásticos, casos duvidosos, contestação à arbitragem, o tempo a passar e, de repente três golos quase de rajada a matar o jogo.
Foi lindo. Ele merece e deu-me enorme prazer! Ainda agora, enquanto escrevo isto e o recordo, sinto um aperto no peito… feliz.
Procurei chegar com antecedência para evitar a confusão da entrada no estádio. Sentados nos nossos lugares lá assistimos a mais uma vitória do nosso Benfica. Foi a primeira vez do avô M neste novo estádio. Levei-o eu tal como ele me levou algumas vezes, ao antigo estádio, quando eu era miúdo. O jogo foi o sofrimento habitual, para depois acabarmos por ter uma vitória redundante. Golos fantásticos, casos duvidosos, contestação à arbitragem, o tempo a passar e, de repente três golos quase de rajada a matar o jogo.
Foi lindo. Ele merece e deu-me enorme prazer! Ainda agora, enquanto escrevo isto e o recordo, sinto um aperto no peito… feliz.
sexta-feira, 28 de março de 2008
“O Amor nos tempos de cólera”
Ontem fui ao cinema com C. Estávamos de acordo quanto ao filme a ver. A adaptação do romance de Gabriel Garcia Marquez. Ao contrário de C eu não conhecia a história. De Garcia Marquez apenas conheço o sublime “Crónica de uma morte anunciada”, livro que está emprestado à minha amiga I.
O filme agradou-me. A companhia era quem eu desejava que fosse. A primeira ideia que me ocorreu quando o filme começou é que este filme podia perfeitamente ser falado em Espanhol. Engraçado é que hoje li exactamente opinião igual na revista Visão, edição da semana passada. Adorei a fotografia, paisagens deslumbrantes e muita luz. Agradou-me o pormenor de a história começar a meio, voltar ao princípio e depois ter um remate final, claro que isto se deve ao meu desconhecimento do romance.
Da história em si penso ser admirável a hipótese de que se possa esperar mais de 51 anos para viver o amor da nossa vida. Embora a “sala de espera” de Florentino Ariza tenha sido “local” em que a espera virginal tinha tudo menos o ser monótona. Poeta sonhador vive para e pelo amor, numa espera paciente e conformada, mas ao mesmo tempo paranóica e obsessiva. Amor e cólera, ou o inferir de que o amor pode ser uma doença. Bem mas não poderia ele continuar a lutar por aquele amor? Sei que a história não era mesmo para ser assim, a maneira de ele lutar foi manter-se por ali, mas não impede que eu o pergunte. E depois naquela época poderia alguém chegar a ter tal extensa lista de mulheres? Eu e C debatemos exactamente isso e ambos pensámos que por um lado talvez o facto de as mulheres serem naqueles tempos mais reprimidas, não tão emancipadas como hoje em dia, levaria a que mais facilmente se deixassem seduzir por atenciosos galanteios. Bem mas passar as 700!?! Convenhamos que talvez só mesmo em ficção.
Sobre C? Mais do mesmo... Talvez os fantasmas se vão.
O filme agradou-me. A companhia era quem eu desejava que fosse. A primeira ideia que me ocorreu quando o filme começou é que este filme podia perfeitamente ser falado em Espanhol. Engraçado é que hoje li exactamente opinião igual na revista Visão, edição da semana passada. Adorei a fotografia, paisagens deslumbrantes e muita luz. Agradou-me o pormenor de a história começar a meio, voltar ao princípio e depois ter um remate final, claro que isto se deve ao meu desconhecimento do romance.
Da história em si penso ser admirável a hipótese de que se possa esperar mais de 51 anos para viver o amor da nossa vida. Embora a “sala de espera” de Florentino Ariza tenha sido “local” em que a espera virginal tinha tudo menos o ser monótona. Poeta sonhador vive para e pelo amor, numa espera paciente e conformada, mas ao mesmo tempo paranóica e obsessiva. Amor e cólera, ou o inferir de que o amor pode ser uma doença. Bem mas não poderia ele continuar a lutar por aquele amor? Sei que a história não era mesmo para ser assim, a maneira de ele lutar foi manter-se por ali, mas não impede que eu o pergunte. E depois naquela época poderia alguém chegar a ter tal extensa lista de mulheres? Eu e C debatemos exactamente isso e ambos pensámos que por um lado talvez o facto de as mulheres serem naqueles tempos mais reprimidas, não tão emancipadas como hoje em dia, levaria a que mais facilmente se deixassem seduzir por atenciosos galanteios. Bem mas passar as 700!?! Convenhamos que talvez só mesmo em ficção.
Sobre C? Mais do mesmo... Talvez os fantasmas se vão.
quarta-feira, 26 de março de 2008
Há mesmo dias assim
Já há algum tempo que não ouvia este "Lonely Day" dos System of a Down, mas hoje quando o voltei a ouvir, não pode deixar me ocorrer que há dias em que me sinto mesmo dessa forma...
Such a lonely day
And it's mine
The most loneliest day of my life
Such a lonely day
Should be banned
It's a day that I can't stand
The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life
Such a lonely day
Shouldn't exist
It's a day that I'll never miss
Such a lonely day
And it's mine
The most loneliest day of my life
And if you go
I wanna go with you
And if you die
I wanna die with you
Take your hand
And walk away
The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life
The most loneliest day of my life
Such a lonely day
And it's mine
It's a day that I'm glad I survived
terça-feira, 25 de março de 2008
Páscoa em família
A minha mãe e os meus avós vieram cá passar a Páscoa. Inicialmente falámos em ir eu ao Brasil e passar lá a Páscoa, e também o meu aniversário. Já me imaginava a regressar com um invejável bronzeado no final do Inverno! Entretanto, e antes de marcar viagem, a minha mãe disse-me que viriam cá eles por esta altura. Assim, tive a felicidade de passar esta Páscoa em família, coisa que não aconteceu no ano passado. Foi um fim-de-semana de Páscoa como os de antigamente na casa dos meus avós em Tomar. No Domingo fomos à missa e depois tivemos almoço familiar, farto e demorado. Veio também almoçar connosco o meu primo, que mora em Vila Franca de Xira, com a mulher e filhas No no final doces até fartar. Depois, já a meio da tarde passeio, até ao café da Inatel para digerir a almoçarada e apanhar um pouco de sol. Regressámos a casa ainda a tempo para ver um dos filmes habituais que passam sempre nesta época, desta vez foi “Ben Hur”. Ainda antes do jantar houve tempo para me oferecer o bónus de obrigar todos a ver “A última tentação de Cristo”.
Apesar da felicidade que foi ter cá a minha família nestes dias, já sabia que a sua vinda tinha muito a ver com o estado de saúde do meu avô. Desde há algum tempo que a minha mãe me vinha dizendo que poderiam ter de voltar em definitivo devido à saúde dele. A idade é de facto um peso. O meu avô nunca foi de se queixar de nada, um homem rijo. Nestes dias, que eles têm estado em minha casa, em alguns momentos tenho notado alguma alheação na sua maneira de estar. Por vezes fica junto à janela a olhar lá para fora de olhar muito fixo talvez em coisa nenhuma. Embora não o admita, sei-o preocupado pela possibilidade de estar doente. Também não lho digo mas tenho fé em Deus que nada será de preocupante.
Ainda nada está definido sobre como vão ficar cá em Lisboa. Os meus avós já não têm casa em Tomar, a casa da minha mãe nos Olivais está arrendada e talvez demore uns meses até poderem ficar lá. Por isso, para já, vou tê-los em minha casa algum tempo. Bem pelo menos posso matar saudades, não me preocupo em fazer comida, nem em fazer limpeza, poupo o dinheiro de ter alguém para cuidar da roupa. Claro que vou ter de continuar com a cama montada no escritório, perco o sossego de estar em casa tranquilo e vou ter de ouvir sermão por sair tarde do trabalho. Mas vai valer a pena ter cá a minha família… de qualquer modo também sinto que é bom porque sei que vai ser temporário.
Comprometo-me que vou aproveitar o máximo que possa para que sejam bons estes dias que vão ficar comigo. Pela minha mãe, pelos meus avós e por mim. Vou tentar sair sempre cedo do trabalho, jantar todos os dias com eles e a horas decentes, passar serões com eles, passearmos aos fins-de-semana, e mais alguma coisa que me ocorra e se proporcione na altura.
Domingo: Levo o meu querido velho M ao Estádio da Luz para ver o nosso Glorioso.
Apesar da felicidade que foi ter cá a minha família nestes dias, já sabia que a sua vinda tinha muito a ver com o estado de saúde do meu avô. Desde há algum tempo que a minha mãe me vinha dizendo que poderiam ter de voltar em definitivo devido à saúde dele. A idade é de facto um peso. O meu avô nunca foi de se queixar de nada, um homem rijo. Nestes dias, que eles têm estado em minha casa, em alguns momentos tenho notado alguma alheação na sua maneira de estar. Por vezes fica junto à janela a olhar lá para fora de olhar muito fixo talvez em coisa nenhuma. Embora não o admita, sei-o preocupado pela possibilidade de estar doente. Também não lho digo mas tenho fé em Deus que nada será de preocupante.
Ainda nada está definido sobre como vão ficar cá em Lisboa. Os meus avós já não têm casa em Tomar, a casa da minha mãe nos Olivais está arrendada e talvez demore uns meses até poderem ficar lá. Por isso, para já, vou tê-los em minha casa algum tempo. Bem pelo menos posso matar saudades, não me preocupo em fazer comida, nem em fazer limpeza, poupo o dinheiro de ter alguém para cuidar da roupa. Claro que vou ter de continuar com a cama montada no escritório, perco o sossego de estar em casa tranquilo e vou ter de ouvir sermão por sair tarde do trabalho. Mas vai valer a pena ter cá a minha família… de qualquer modo também sinto que é bom porque sei que vai ser temporário.
Comprometo-me que vou aproveitar o máximo que possa para que sejam bons estes dias que vão ficar comigo. Pela minha mãe, pelos meus avós e por mim. Vou tentar sair sempre cedo do trabalho, jantar todos os dias com eles e a horas decentes, passar serões com eles, passearmos aos fins-de-semana, e mais alguma coisa que me ocorra e se proporcione na altura.
Domingo: Levo o meu querido velho M ao Estádio da Luz para ver o nosso Glorioso.
terça-feira, 18 de março de 2008
Virgindade no século XXI
A secção “Olhar” da Courier International deste mês retrata a opção de sete nova-iorquinos em se terem mantido abstinentes sexuais até então. De facto é já surpreendente termos conhecimento desta opção e mais ainda da manifestação pública dessa opção.
Tenho ideia, ou melhor, tinha ideia de que quem se mantivesse virgem tendo idades entre os 20 e os 40 anos, não teria coragem de o assumir. Lamentavelmente a maioria das pessoas, a nossa sociedade, tem a péssima atitude de fazer dos “virgens” alvo de chacota. Deviam, isto é, deviamos procurar pensar que haverão por certo razões para essa opção, ou motivos para essa circunstância. Tenho pelo menos dois amigos de quem se imagina possam ainda manterem-se virgens já depois dos 30. Ele A, terá sido por uma questão de circunstância, ela J, talvez mais por opção. Em relação a ambos essa possibilidade não passa de conjecturas, feitas a partir do convívio que temos com ambos, que podem não ser afinal aquilo que nos parece. Podemos até estar apenas a ser iludidos pela forma como escolheram ocultar-nos a sua vida sexual.
Há algumas décadas atrás a virgindade era condição essencial para que uma mulher conseguisse casar. Friamente, mulher que se soubesse já não ser virgem veria as suas possibilidades de constituir família bastante dificultadas. Considero que a virgindade era um dos factores a que levava que, no tempo dos nossos pais e avós, as pessoas se casassem muito mais novas. O casamento era uma maneira , talvez a única, de poderem iniciar a sua vida sexual. Hoje em dia, e como se tornou comum ter sexo antes do casamento, as pessoas casam muito mais tarde. Disto que digo eu sou um bom exemplo, já vou a caminho dos 32 e nem nem sequer sombrade casamento ou derivado. Por outro lado, nesses tempos, uma mulher que estivesse à beira dos 30 e ainda não tivesse casado, toda a gente já a ia dizendo condenada a ficar solteirona. Hoje em dia, esta ideia sobre estar perto dos 30 e ainda ser virgem, nas mulheres, é quase igual o preconceito criado de ficarem solteironas e nos homens parece-me ainda pior esse preconceito, chegando a ser motivo de chacota dos seus amigos e conhecidos. Não imagino homem que tendo mais de 30 anos não sinta vergonha em admitir ser virgem, afim de evitar essa ridicularização.
Na reportagem da Courier International, maioritariamente, a razão dos retratados era a espera por encontrar a pessoa com quem partilhassem sentimento suficientemente forte para dar esse “passo”. Referem esta espera como sendo “algo ligado à confiança e ao compromisso”, “esperar por uma pessoa que amasse”, “ter a certeza de ser algo valorizdo e respeitado”, “começar pela relação emotiva”, “optar, escolher não reagir a pressões, e mantermo-nos virgens”.É uma opção rara nos nossos tempos. E esta opção é uma daquelas que nos distingue como seres racionais que somos.
Tenho ideia, ou melhor, tinha ideia de que quem se mantivesse virgem tendo idades entre os 20 e os 40 anos, não teria coragem de o assumir. Lamentavelmente a maioria das pessoas, a nossa sociedade, tem a péssima atitude de fazer dos “virgens” alvo de chacota. Deviam, isto é, deviamos procurar pensar que haverão por certo razões para essa opção, ou motivos para essa circunstância. Tenho pelo menos dois amigos de quem se imagina possam ainda manterem-se virgens já depois dos 30. Ele A, terá sido por uma questão de circunstância, ela J, talvez mais por opção. Em relação a ambos essa possibilidade não passa de conjecturas, feitas a partir do convívio que temos com ambos, que podem não ser afinal aquilo que nos parece. Podemos até estar apenas a ser iludidos pela forma como escolheram ocultar-nos a sua vida sexual.
Há algumas décadas atrás a virgindade era condição essencial para que uma mulher conseguisse casar. Friamente, mulher que se soubesse já não ser virgem veria as suas possibilidades de constituir família bastante dificultadas. Considero que a virgindade era um dos factores a que levava que, no tempo dos nossos pais e avós, as pessoas se casassem muito mais novas. O casamento era uma maneira , talvez a única, de poderem iniciar a sua vida sexual. Hoje em dia, e como se tornou comum ter sexo antes do casamento, as pessoas casam muito mais tarde. Disto que digo eu sou um bom exemplo, já vou a caminho dos 32 e nem nem sequer sombrade casamento ou derivado. Por outro lado, nesses tempos, uma mulher que estivesse à beira dos 30 e ainda não tivesse casado, toda a gente já a ia dizendo condenada a ficar solteirona. Hoje em dia, esta ideia sobre estar perto dos 30 e ainda ser virgem, nas mulheres, é quase igual o preconceito criado de ficarem solteironas e nos homens parece-me ainda pior esse preconceito, chegando a ser motivo de chacota dos seus amigos e conhecidos. Não imagino homem que tendo mais de 30 anos não sinta vergonha em admitir ser virgem, afim de evitar essa ridicularização.
Na reportagem da Courier International, maioritariamente, a razão dos retratados era a espera por encontrar a pessoa com quem partilhassem sentimento suficientemente forte para dar esse “passo”. Referem esta espera como sendo “algo ligado à confiança e ao compromisso”, “esperar por uma pessoa que amasse”, “ter a certeza de ser algo valorizdo e respeitado”, “começar pela relação emotiva”, “optar, escolher não reagir a pressões, e mantermo-nos virgens”.É uma opção rara nos nossos tempos. E esta opção é uma daquelas que nos distingue como seres racionais que somos.
segunda-feira, 10 de março de 2008
The Cure no Pavilhão Atlântico
Estive lá… Uma das bandas da minha adolescência. Gosto mas não sou super-fã, e sinceramente estava à espera de gostar mais, do concerto, do que aquilo que gostei. Mas deu para sentir isto…
...Whenever I'm alone with you,
...Whenever I'm alone with you,
you make me feel
Like I am young again
Whenever I'm alone with you,
you make me feel like I am fun again...
(“Love song”, sempre foi, e sempre será, a minha favorita)
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
O aniversário
Ontem. Jantar de aniversário de CC-(de)ilusão, nas docas. Combinei ir com L, uma vez que o Smart dele é bem mais fácil de estacionar que o meu Defender. Chegados juntámo-nos ao grupo que aguardava à porta do restaurante. Depois lá dentro escolhemos lugares perto do centro da mesa. Eu e CC ficámos lado a lado.
O momento, sempre alto, da entrega e desembrulhar das prendas ocorreu entre o pedir e a vinda dos pratos. A panóplia das prendas do costume, livros, CD`d, DVD`s, colares, brincos, peças para a casa, flores, etc, etc. Da minha parte, desta vez, optei por um vaso, terra e sementes. Amores perfeitos. Um postal, que mais não era que uma cartolina branca, dobrada, com uma rosa vermelha impressa e, por fora a mesma rosa colada. Escrevi: “Amores perfeitos. Para que nasçam precisam de semente. Para que vivam apenas têm que ser cuidados.”
Senti que lhe agradou. A certa altura do jantar chegou-se a mim e perguntou-me baixinho ao ouvido:
- Achas que podemos ser as sementes para o vaso?
Não fui capaz de lhe responder. Na verdade porque soube o que dizer. Surpreendido apenas fui capaz de lhe sorrir. Inclinei-me para lhe dar um beijo na face. Ela desviou-se e beijou-me nos lábios com suavidade mas cheia de firmeza. Depois ficámos algum tempo num abraço intenso.
Fiquei surpreendido, agradado e, ao mesmo tempo assustado. Parece-me que algo pode voltar a acontecer e eu não tenho a certeza de o querer… mas também não tenho a certeza de não o querer.
O momento, sempre alto, da entrega e desembrulhar das prendas ocorreu entre o pedir e a vinda dos pratos. A panóplia das prendas do costume, livros, CD`d, DVD`s, colares, brincos, peças para a casa, flores, etc, etc. Da minha parte, desta vez, optei por um vaso, terra e sementes. Amores perfeitos. Um postal, que mais não era que uma cartolina branca, dobrada, com uma rosa vermelha impressa e, por fora a mesma rosa colada. Escrevi: “Amores perfeitos. Para que nasçam precisam de semente. Para que vivam apenas têm que ser cuidados.”
Senti que lhe agradou. A certa altura do jantar chegou-se a mim e perguntou-me baixinho ao ouvido:
- Achas que podemos ser as sementes para o vaso?
Não fui capaz de lhe responder. Na verdade porque soube o que dizer. Surpreendido apenas fui capaz de lhe sorrir. Inclinei-me para lhe dar um beijo na face. Ela desviou-se e beijou-me nos lábios com suavidade mas cheia de firmeza. Depois ficámos algum tempo num abraço intenso.
Fiquei surpreendido, agradado e, ao mesmo tempo assustado. Parece-me que algo pode voltar a acontecer e eu não tenho a certeza de o querer… mas também não tenho a certeza de não o querer.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Rir e Chorar
“Mantém a cabeça erguida, sorri, e deixa-os na dúvida sobre que segredos te fazem rir.”, Dan Brown, em “Anjos e Demónios”
Não deixo que ninguém veja que choro. Rio por fora mesmo que rebente de tristeza por dentro. Não serão muitas as pessoas que possam dizer que me sinto infeliz. Mas sinto. No entanto rio. Se chegar ao fim dos meus dias sem que possa afirmar ter sido feliz, pelo menos não morrerei sem ter conhecido o que é o riso. Escondo a minha tristeza para, também, que não sinta que sentem pena de mim.
Mostro-me forte quando sou fraco, paciente quando sou irritável, atencioso quando me apetece ser indiferente, carinhoso quando me apetece ser agressivo. Caminho de cabeça levantada, de peito feito, cara lavada, bem cuidado, e sorrio sempre que posso. Sou alegre, sociável, com sentido de humor e oportunidade. Mas não sou totalmente feliz. Quando fico sozinho caio. O riso apaga-se e as lágrimas mostram-se. Encolho-me. Dói-me o peito e morro mais um pouco. Sinto-me perdido, sem rumo, sem motivos para seguir. Sinto saudades. Sinto falta da verdadeira companhia. Sinto que tenho nada. E quando assim somos qualquer coisa, por pouco que seja, muito se torna.
“Quanto mais fundo a dor escavar o vosso ser, mais alegria caberá em vós.”, Khalil Gibran, em “O Profeta”. Mas pergunto: Quando será o meu ser inundado pela alegria?
Não deixo que ninguém veja que choro. Rio por fora mesmo que rebente de tristeza por dentro. Não serão muitas as pessoas que possam dizer que me sinto infeliz. Mas sinto. No entanto rio. Se chegar ao fim dos meus dias sem que possa afirmar ter sido feliz, pelo menos não morrerei sem ter conhecido o que é o riso. Escondo a minha tristeza para, também, que não sinta que sentem pena de mim.
Mostro-me forte quando sou fraco, paciente quando sou irritável, atencioso quando me apetece ser indiferente, carinhoso quando me apetece ser agressivo. Caminho de cabeça levantada, de peito feito, cara lavada, bem cuidado, e sorrio sempre que posso. Sou alegre, sociável, com sentido de humor e oportunidade. Mas não sou totalmente feliz. Quando fico sozinho caio. O riso apaga-se e as lágrimas mostram-se. Encolho-me. Dói-me o peito e morro mais um pouco. Sinto-me perdido, sem rumo, sem motivos para seguir. Sinto saudades. Sinto falta da verdadeira companhia. Sinto que tenho nada. E quando assim somos qualquer coisa, por pouco que seja, muito se torna.
“Quanto mais fundo a dor escavar o vosso ser, mais alegria caberá em vós.”, Khalil Gibran, em “O Profeta”. Mas pergunto: Quando será o meu ser inundado pela alegria?
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Benfiquismo
No domingo passado tive, de novo, a felicidade de estar presente no estádio da Luz e assistir a mais uma vitória do Glorioso. Desta vez permitiu que continuemos com legitimas esperanças em ganhar a Taça de Portugal. Por enquanto somos tão candidatos quanto todos os outros que ainda estão em prova.
Os 4-1 do resultado final, foram o embelezar do jogo feio e pobre a que, em momentos, se assistiu. Claro que para a história fica o resultado volumoso, e claro que gosto de ver o Benfica ganhar, mas também gosto de ver os nossos jogadores fazerem exibições de levantar as bancadas.
No entanto as minhas palavras aqui hoje têm o objectivo de prestar homenagem a Rui Costa e ao benfiquismo. Tenho pena que não tenha sido jogador do Benfica no auge da sua carreira. No entanto compreendo que a sua saída, e regresso para terminar a carreira, tenha sido o percurso normal que qualquer profissional com a sua grande qualidade teria.
Neste jogo admirei a boa prestação que exibiu na 2ª parte, com um golo e algumas jogadas a empolgar o público. A 1ª parte não foi tão bem conseguida, cheguei mesmo a sentir-me irritado com os inexplicáveis, e pouco habituais maus passes. Na minha opinião o melhor jogador neste encontro foi Nuno Assis, mas dá gosto ver a capacidade que o Rui Costa tem em motivar os adeptos.
Sempre ouvi falar do tempo em que se jogava com “amor à camisola”, e isso todos temos a certeza que Rui Costa tem. Também sempre se falou muito da denominada “mística benfiquista”, termo que nos enchia a boca, orgulhosos no nosso benfiquismo. Essa mística são, as vitória, e jogadores como Rui Costa que a mantém viva. Sou Benfica…
Os 4-1 do resultado final, foram o embelezar do jogo feio e pobre a que, em momentos, se assistiu. Claro que para a história fica o resultado volumoso, e claro que gosto de ver o Benfica ganhar, mas também gosto de ver os nossos jogadores fazerem exibições de levantar as bancadas.
No entanto as minhas palavras aqui hoje têm o objectivo de prestar homenagem a Rui Costa e ao benfiquismo. Tenho pena que não tenha sido jogador do Benfica no auge da sua carreira. No entanto compreendo que a sua saída, e regresso para terminar a carreira, tenha sido o percurso normal que qualquer profissional com a sua grande qualidade teria.
Neste jogo admirei a boa prestação que exibiu na 2ª parte, com um golo e algumas jogadas a empolgar o público. A 1ª parte não foi tão bem conseguida, cheguei mesmo a sentir-me irritado com os inexplicáveis, e pouco habituais maus passes. Na minha opinião o melhor jogador neste encontro foi Nuno Assis, mas dá gosto ver a capacidade que o Rui Costa tem em motivar os adeptos.
Sempre ouvi falar do tempo em que se jogava com “amor à camisola”, e isso todos temos a certeza que Rui Costa tem. Também sempre se falou muito da denominada “mística benfiquista”, termo que nos enchia a boca, orgulhosos no nosso benfiquismo. Essa mística são, as vitória, e jogadores como Rui Costa que a mantém viva. Sou Benfica…
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Poupamos ou gastamos ainda mais?
Depois de uma ida ao supermercado lá fui apanhado por uma daquelas promoções chatas de cartões com descontos magníficos e vantagens estupendas, e em que nos vendem a ideia de que vamos poupar imenso se aderirmos. A meio da exposição da esforçada promotora eis que começo a contrapor o que será verdadeiramente poupar. Tenho, já há bastante tempo, uma ideia formada sobre a poupança que este tipo de cartões podem proporcionar.
Para mim só poderia ser poupar se estes descontos fossem proporcionados ao adquirir bens que fazem parte dos meus consumos habituais, quer dizer das necessidades que tenho que sustentar todos os meses. Assim se os benefícios incidissem, por exemplo, na diminuição do spread do meu empréstimo, nos valores de consumo de electricidade, água, gás, nas compras do supermercado, gasóleo, e por ai adiante. Estas são despesas, em que posso gastar menos e poupar, mas que não posso mesmo evitar.
O efeito de poupança, que estes cartões têm, são idênticos aos dos saldos. Senão vejamos, vezes há em que estamos perante aquele casaco que agora custa menos 50€, e lá acabamos por o comprar. Saímos da loja com a ideia de que poupámos 50€. Mas será que se ele tivesse o preço normal o quereríamos comprar? O que quero dizer é que acabamos por consumir mais do que se não tivéssemos o desconto e, neste caso em particular, acabamos sim por gastar 50€, uma vez que em situação normal não compraríamos o tal casaco.
É lógico que não devemos nos restringir e comprar só o estritamente necessário, se a isso não formos obrigados por carência. Temos direito, e merecemos gozar as coisas boas da vida. E se for com desconto tanto melhor. Mas acaba por ser uma boa táctica de contraponto a estas promoções que não queremos de todo aderir.
Para mim só poderia ser poupar se estes descontos fossem proporcionados ao adquirir bens que fazem parte dos meus consumos habituais, quer dizer das necessidades que tenho que sustentar todos os meses. Assim se os benefícios incidissem, por exemplo, na diminuição do spread do meu empréstimo, nos valores de consumo de electricidade, água, gás, nas compras do supermercado, gasóleo, e por ai adiante. Estas são despesas, em que posso gastar menos e poupar, mas que não posso mesmo evitar.
O efeito de poupança, que estes cartões têm, são idênticos aos dos saldos. Senão vejamos, vezes há em que estamos perante aquele casaco que agora custa menos 50€, e lá acabamos por o comprar. Saímos da loja com a ideia de que poupámos 50€. Mas será que se ele tivesse o preço normal o quereríamos comprar? O que quero dizer é que acabamos por consumir mais do que se não tivéssemos o desconto e, neste caso em particular, acabamos sim por gastar 50€, uma vez que em situação normal não compraríamos o tal casaco.
É lógico que não devemos nos restringir e comprar só o estritamente necessário, se a isso não formos obrigados por carência. Temos direito, e merecemos gozar as coisas boas da vida. E se for com desconto tanto melhor. Mas acaba por ser uma boa táctica de contraponto a estas promoções que não queremos de todo aderir.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Imagino-me a envelhecer…
Imagino-me a envelhecer… numa casa de campo, com alpendre, perto do mar, um terreno de árvores de fruto, trilhos de terra, e um lago. A Costa Alentejana será o nosso refúgio…
(...ainda não aconteceu!)
Mês de Abril do ano 2042. Fiz 66 anos há dias atrás. No último fim-de-semana tive um presente esplêndido com o almoço de família para festejar o meu aniversário. Eu, C, os nossos três queridos filhos, o nosso genro, e o nosso lindo neto. Depois de todas aquelas sensações de agitada felicidade, voltamos agora ao prazer da felicidade tranquila.
Sentado na cadeira de baloiço do alpendre, olho o lago maravilhado pelos reflexos que a luz do sol produz na água. Vejo a mesma paisagem de todos os dias e sempre como se fosse a primeira vez. Levo a caneca do chá aos lábios e sorvo um pequeno gole. Sinto Lenny, o nosso fiel amigo e companheiro de quatro patas, aproximar-se. Senta-se ao lado da cadeira aguardando que a minha mão pouse na sua cabeça, como é habitual.
C dorme tranquila no conforto do nosso quarto. Tal e qual como na manhã após a noite que aqui dormimos pela primeira vez. Há trinta anos atrás. Também dessa vez eu acordei antes dela. Não consegui vencer a ansiedade de poder assistir ao nascer do sol do nosso alpendre. Adorava que C o fosse partilhar comigo, mas não tive coragem de a acordar. Cerca de dez minutos depois, para minha surpresa e alegria, juntou-se a mim.
Perdido nas minhas memórias levanto-me e entro em casa. Lenny segue-me colado ás minhas pernas. Pouso a caneca na mesa da cozinha e dirijo-me ao quarto. Abro a porta e espreito. Vejo que ela ainda dorme. Observo-a por um breve momento e depois encosto a porta levemente.
Saio para a rua com Lenny sempre no meu encalço. Seguimos pelo caminho em direcção ao lago. Lenny distrai-se com pequenas perseguições aos insectos que vamos encontrando na vegetação. No fim de cada uma regressa para junto de mim e salta em minha volta. Agacho-me para o presentear com uma sessão de festas. E assim o nosso passeio matinal vai chegando ao fim. Estamos de novo em frente ao alpendre.
Vejo C sentada na cadeira de baloiço. Acena-me a sorrir. Retribuo-lhe o sorriso. Lenny adianta-se na sua direcção. Subo os degraus do alpendre e chego junto dela. Digo-lhe “Bom dia!”, enquanto lhe estendo as papoilas que apanhei, acompanhadas de um beijo.
(...ainda não aconteceu!)
Mês de Abril do ano 2042. Fiz 66 anos há dias atrás. No último fim-de-semana tive um presente esplêndido com o almoço de família para festejar o meu aniversário. Eu, C, os nossos três queridos filhos, o nosso genro, e o nosso lindo neto. Depois de todas aquelas sensações de agitada felicidade, voltamos agora ao prazer da felicidade tranquila.
Sentado na cadeira de baloiço do alpendre, olho o lago maravilhado pelos reflexos que a luz do sol produz na água. Vejo a mesma paisagem de todos os dias e sempre como se fosse a primeira vez. Levo a caneca do chá aos lábios e sorvo um pequeno gole. Sinto Lenny, o nosso fiel amigo e companheiro de quatro patas, aproximar-se. Senta-se ao lado da cadeira aguardando que a minha mão pouse na sua cabeça, como é habitual.
C dorme tranquila no conforto do nosso quarto. Tal e qual como na manhã após a noite que aqui dormimos pela primeira vez. Há trinta anos atrás. Também dessa vez eu acordei antes dela. Não consegui vencer a ansiedade de poder assistir ao nascer do sol do nosso alpendre. Adorava que C o fosse partilhar comigo, mas não tive coragem de a acordar. Cerca de dez minutos depois, para minha surpresa e alegria, juntou-se a mim.
Perdido nas minhas memórias levanto-me e entro em casa. Lenny segue-me colado ás minhas pernas. Pouso a caneca na mesa da cozinha e dirijo-me ao quarto. Abro a porta e espreito. Vejo que ela ainda dorme. Observo-a por um breve momento e depois encosto a porta levemente.
Saio para a rua com Lenny sempre no meu encalço. Seguimos pelo caminho em direcção ao lago. Lenny distrai-se com pequenas perseguições aos insectos que vamos encontrando na vegetação. No fim de cada uma regressa para junto de mim e salta em minha volta. Agacho-me para o presentear com uma sessão de festas. E assim o nosso passeio matinal vai chegando ao fim. Estamos de novo em frente ao alpendre.
Vejo C sentada na cadeira de baloiço. Acena-me a sorrir. Retribuo-lhe o sorriso. Lenny adianta-se na sua direcção. Subo os degraus do alpendre e chego junto dela. Digo-lhe “Bom dia!”, enquanto lhe estendo as papoilas que apanhei, acompanhadas de um beijo.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
A música desta manhã…
Esfera – Pedro Khima
Por sinal
Por sinal
Essa esfera que
Me tentava sem me olhar
Nada mais
era do que um som
Que me levava a tentar
Fugir de ti
Sair de ti
Uma vez mais
sem saber porquê
Desisti p'ra te dizer
Nada mais, quero mais
Se não for assim
Esconde esse sorriso
Que me faz querer matar por mais
Mais, mais
Quero mais, mais,
Por isso esconde esse sorriso
Que me faz querer matar por mais
Só assim dá para mim
Conseguir que não doa mais
Que me deixes ir
Que me libertes de ti
Que não me faças sentir
E eu não quero cair
Não me posso entregar
Sem que percebas que não podes julgar
E eu quero tentar
Poder acreditar
Que o aperto cá dentro
Um dia vai acabar.
O monstro em mim
Não irá sucumbir
Não desfalece
Por não conseguir
Que olhes para mim
Que me faças existir
Por isso esconde esse sorriso
Que me faz querer matar por mais
Mais, mais
Quero mais
Mais, mais
Por isso esconde esse sorriso
Que me faz querer matar por mais
Mais, mais
Quero mais
Mais, mais
Por isso esconde esse sorriso
Que me faz querer matar por mais.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Os namoros da música portuguesa
Quando se procura música para oferecer a alguém por vezes acontece encontrarmos relíquias maravilhosas. Músicas que estão guardadas no baú das nossas preferências. Foi o caso de os dois discos que encontrei na Valentim de Carvalho, e que comprei para oferecer à minha mãe quando a for visitar ao Brasil. “Poesia Encantada”, dois volumes com poemas, de grandes poetas portugueses, cantados por intérpretes portugueses. No segundo volume reencontrei este belíssimo “Namoro”, cantado por Sérgio Godinho. O poema é de Viriato da Cruz, poeta nascido em Angola no tempo colonial. A prova de que a música acaba por ser de facto uma forma agradável de divulgar a nossa poesia. Belos poemas tornados ainda mais belos pela música, e no nosso português.
Mandei-lhe uma carta
em papel perfumado
e com letra bonita
dizia ela tinha
um sorriso luminoso
tão triste e gaiato
como o sol de Novembro
brincando de artista
nas acácias floridas
na fímbria do mar
Sua pele macia
era suma-uma
sua pele macias
cheirando a rosas
seus seios laranja
laranja do Loge
eu mandei-lhe essa carta
e ela disse que não
Mandei-lhe um cartão
que o amigo maninho tipografou
"por ti sofre o meu coração"
num canto "sim"
noutro canto "não"
e ela o canto do "não"
dobrou
Mandei-lhe um recado
pela Zefa do sete
pedindo e rogando
de joelhos no chão
pela Sra do Cabo,
pela Sta Efigénia
me desse a ventura
do seu namoro
e ela disse que não
Mandei à Vó Xica,
quimbanda de fama
a areia da marca
que o seu pé deixou
para que fizesse um feitiço
bem forte e seguro
e dele nascesse
um amor como o meu
e o feitiço falhou
Andei barbado,
sujo e descalço
como um monangamba
procuraram por mim
não viu ai não viu ai
não viu Benjamim
e perdido me deram
no morro da Samba
Para me distrair
levaram-me ao baile
do Sr. Januário,
mas ela lá estava
num canto a rir,
contando o meu caso
às moças mais lindas
do bairro operário
Tocaram a rumba
e dancei com ela
e num passo maluco
voamos na sala
qual uma estrela
riscando o céu
e a malta gritou
"Aí Benjamim"
Olhei-a nos olhos
sorriu para mim
pedi-lhe um beijo
lá lá lá lá lá
lá lá lá lá lá
E ela disse que sim
Lembrei-me então de haver um vinil, dos Trovante, em casa da minha mãe, com o tema “Namoro II”. Estou em crer que a intenção foi fazer uma “sequela” do “Namoro” de Viriato da Cruz. São vários os indícios nesse sentido, mais declaradamente nos dois últimos versos. A letra é de Luís Represas, confesso que não sou apreciador de Represas, mas tenho de admitir que o poema é igualmente cativante.
Ai se eu disser que as tremuras
Me dão nas pernas, e as loucuras
Fazem esquecer-me dos prantos
Pensar em juras
Ai se eu disser que foi feitiço
Que fez na saia dar ventania
Mostrar-me coisas tão belas
Ter fantasia
E sonhar com aquele encontro
Sonhar que não diz que não
Tem um jeito de senhora
E um olhar desmascarado
De céu negro ou céu estrelado, ou Sol
Daquele que a gente sabe.
O seu balanço gingado
Tem os mistérios do mar
E a certeza do caminho certo
que tem a estrela polar.
Não sei se faça convite
E se quebre a tradição
Ou se lhe mande uma carta
Como ouvi numa canção
Só sei que o calor aperta
E ainda não estamos no verão.
Quanto mais o tempo passa
Mais me afasto da razão
E ela insiste no passeio à tarde
Em tom de provocação
Até que num dia feriado
P´ra curtir a solidão
Fui consumir as tristezas
P´ró baile do Sr. João
Não sei se foi por magia
Ou seria maldição
Dei por mim rodopiando
Bem no meio do salão
Acabei no tal convite
Em jeito de confissão
E a resposta foi tão doce
Que a beijei com emoção
Só que a malta não gritou
Como ouvi numa canção
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
“Quase saudades” não serão já saudades?
Agradável sms recebido no meu segundo dia em Madrid.
“Quando voltas? Já quase que estou com saudades tuas!”
Quer-me parecer que C-(de)ilusão estava com saudades da lua.
“Volto hoje à noite! Mas ficava mais um dia só para as “quase saudades” passarem a saudades.”
Eu sim, sei que estou…
“Quando voltas? Já quase que estou com saudades tuas!”
Quer-me parecer que C-(de)ilusão estava com saudades da lua.
“Volto hoje à noite! Mas ficava mais um dia só para as “quase saudades” passarem a saudades.”
Eu sim, sei que estou…
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
O eterno camisola 29
Bonito gesto que a direcção do Benfica teve, em 2004, eternizando a memória de Miklos Féher na camisola 29 do clube. Faz hoje exactamente quatro anos que Féher caiu em campo em pleno jogo no estádio do Vitória de Guimarães, acabando por falecer. Este foi o momento mais trágico e triste a que assisti até hoje na vida desportiva do Benfica.
Lembro-me que nessa noite estava de regresso a casa e ouvia o relato no rádio do carro. O Benfica ganhava por 1-0, o golo tinha sido marcado pouco tempo antes. Depois ouvi com grande preocupação a descrição do que se estava a passar. Temi o pior. Senti uma aflição enorme por ter percebido de imediato, mesmo sem estar a ver, que aquela tinha sido uma queda fatal. Fui o mais rápido possível até casa para poder ver, e perceber, o que estava a acontecer.
As imagens confirmaram as minhas piores e não desejadas expectativas. A maneira como caiu desamparado, o desespero dos jogadores, os esforços dos médicos, a apreensão da equipa técnica, a incredulidade confusa de toda a gente nas bancadas, formava um cenário de tragédia impensável num jogo de futebol. Não me foi possível evitar as lágrimas, como se o Féher fosse alguém que era próximo.
Miklos Féher (1979-2004) O herói que tombou no campo, que era palco da sua profissão. A sua morte teve o condão de trazer uma visível e forte união entre os jogadores do Benfica, e penso mesmo que a todos os benfiquistas. Nesse ano a equipa, e Féher também, ganhou a Taça de Portugal.
Coincidência, amanhã o Benfica volta a Guimarães. Tal como nessa noite, Camacho é de novo o treinador. Por certo haverá a habitual homenagem ao camisola 29, e todos esperamos ver o Benfica vencer.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Madrid
Estes dois dias em Madrid, mesmo que em trabalho e sozinho, vão saber-me muito bem. Como terei a tarde de 5ª feira livre, se o tempo o permitir hei-de aproveitar para voltar a passear pelo Parque del Retiro…mas desta vez será sozinho. C(L) desta vez não estará lá comigo, aliás nunca mais estará lá comigo.
E um dia hei-de cultivar a minha pequena “rosaleda” como vi nos jardins do Palácio Real, “Campo del Moro”. Um dia quando conseguir ter o meu monte no Alentejo.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Mensagens de Lua Cheia
Depois de jantar fiquei um pouco à janela. Foi neste momento que lhe enviei o sms “Lua Cheia”.
“Já viste a lua que está hoje?”
A resposta foi rápida.
“Adoro lua cheia. Tenho vista privilegiada da minha janela. ”
Sorri.
“Mas isso eu também. Proposta: Passeata de 10 minutos à beira-mar.”
Desta vez demorou mais um pouco. Fiquei ansioso e a pensar que “não devia”.
“Óptima ideia. Alinho. Vou ter contigo a tua casa”
Quinze minutos depois deu-me um toque e eu desci. Fomos a pé desde minha casa até à marginal. Sentámo-nos durante um bocado no muro, encolhidos pelo frio, enquanto olhávamos o rio e a lua, como se estivéssemos em frente a uma tela de cinema. Falámos de banalidades. Encostou a cabeça no meu ombro. Encolheu-se ainda mais. Rodeei os seus ombros com o meu braço. Coloquei uma perna em cima do muro e por trás das costas dela, encaixando-a em mim.
“Já viste a lua que está hoje?”
A resposta foi rápida.
“Adoro lua cheia. Tenho vista privilegiada da minha janela. ”
Sorri.
“Mas isso eu também. Proposta: Passeata de 10 minutos à beira-mar.”
Desta vez demorou mais um pouco. Fiquei ansioso e a pensar que “não devia”.
“Óptima ideia. Alinho. Vou ter contigo a tua casa”
Quinze minutos depois deu-me um toque e eu desci. Fomos a pé desde minha casa até à marginal. Sentámo-nos durante um bocado no muro, encolhidos pelo frio, enquanto olhávamos o rio e a lua, como se estivéssemos em frente a uma tela de cinema. Falámos de banalidades. Encostou a cabeça no meu ombro. Encolheu-se ainda mais. Rodeei os seus ombros com o meu braço. Coloquei uma perna em cima do muro e por trás das costas dela, encaixando-a em mim.
Estas (re)aproximações com C-amiga(?)-desilusão não me fazem muito bem…mas sabem muito bem.
“Oh! Agora já não vejo a lua.”
Esta manhã tinha este sms por ler.
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