quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Vitória de equipa

Nunca falei aqui sobre os jogos de futebol que consegui a organizar aqui na empresa. Começou através de uma conversa de café em que se colocou essa hipótese. Aproveitando o embalo decidi desafiar um amigo meu, de outra empresa, a montar uma equipa e fazermos então o nosso primeiro jogo. Perdemos. Mas a partir daí foram surgindo outros desafios a partir dos diversos conhecimentos e amizades de cada um de nós. Não posso deixar de referir que a partir do primeiro jogo temos repetido vitória atrás de vitória, tendo apenas registado um empate pelo meio.

Percebemos que temos uma equipa bastante equilibrada e, direi até, com valor. Em função disso gerou-se um entusiasmo que nos levou a avançar com a inscrição num torneio de futebol de 7 inter-empresas, a disputar no Monsanto. Mais uma vez fui eu a avançar com a organização de tudo, a proposta de a empresa nos comprar os equipamentos e financiar a inscrição no torneio. Foi um prazer enorme encomendar os 12 equipamentos na Decathlon, estampar o nosso logo e depois, esta a parte melhor, distribuir os equipamentos pelos meus colegas que aderiram à equipa.



Esta foi a nossa primeira vitória.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Altos e baixos


Tenho sempre pensado que o motivo que me faz adiar o momento de conhecer o meu pai é o facto de ainda não ter a minha vida estabilizada a todos os níveis, julgo que principalmente a nível familiar, refiro o constituir da minha própria família.

Dado os últimos acontecimentos na minha vida, a evolução da minha carreira e o meu estado recente com C, tudo se conjugava para que não sentisse impedimento em seguir com a combinada visita do meu pai. Já tinha concordado em que ele viesse por um tempo e tivéssemos finalmente a oportunidade de nos conhecermos.

O retorno da minha mãe obrigou a adiar esse encontro. Desde que lhe contei que mantinha contacto com ele, sempre percebi que isso deixava a minha mãe algo apreensiva e triste. Tentei fazer-lhe ver que este facto em nada mudaria o amor que sinto por ela. Na realidade não sei que lugar virá a ocupar o meu pai na minha vida, mas de uma coisa tenho a certeza, seja ele qual for, nunca isso mudará o que a minha mãe é para mim.

Passado o tempo que julguei ser necessário para a tranquilizar, voltou a falar-se em concreto na vinda do meu pai a Portugal. Agora volto a sentir vontade de adiar. Primeiro o desconforto com C, e o consequente rompimento. Depois o perder do meu avô M, que pincelou de cinzento todo o colorido que, para mim, vinham sendo os últimos tempos. Penso que ele tem compreendido as minhas razões, mas também imagino que poderá colocar em dúvida a minha vontade em que nos venhamos a conhecer.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Os meus dias tão cheio, mas...

Eu Não Sei Quem Te Perdeu - Pedro Abrunhosa

Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.