quarta-feira, 30 de abril de 2008

Atracção pela faixa do meio

Não consigo compreender a razão pela qual alguns condutores insistem em circular constantemente pela faixa do meio da auto-estrada.

Fim-de-semana prolongado e viagem com a família a Tomar. Levei o carro de C emprestado, para obstar ao desconforto que uma viagem no meu Defender causaria aos meus avós. Ao longo da A1, e apenas até à saida de Torres Novas, deparei-me com uns quantos condutores com este inaceitável tique de persistência em circular na faixa do meio, tendo livre a faixa mais à direita. Como não vão naquela faixa para efectuar uma ultrapassagem só posso pensar que desconhecem o código da estrada.

Nº 1 do art.º 14º do Código da Estrada:
“Sempre que, no mesmo sentido, sejam possíveis duas ou mais filas de trânsito, este deve fazer-se pela via de trânsito mais à direita.”

Este hábito torna-se mais incompreensível quando o fazem a baixa velocidade, por exemplo a cerca de 80 km/h, o que atrapalha quem circule mais rápido e precise de os ultrapassar. Quando deparamos com um destes magníficos condutores ficamos num dilema: Sabemos que devemos ultrapassar pela esquerda, mas eis que nesse momento olhamos pelo espelho e vemos um outro carro, ainda mais rápido, já em ultrapassagem pela faixa da esquerda. Como o magnífico condutor da faixa central não se apercebe, ou não percebe, ou então ignora os sinais evidentes do que está a passar ali perto de si e que evidenciam que deveria mudar para a faixa mais à direita, resta então fazer a ultrapassagem pela direita.

Algumas vezes, levado pela irritação que estas teimosias provocam, olho para o lado para mostrar apenas um abanar de cabeça desaprovador da sua condição de “estorvo” de trânsito. Vejo quase sempre um condutor(a) que nem sequer move a cabeça por achar estranho estar a ser ultrapassado pela direita. Depois de ultrapassar chego a colocar-me à sua frente e fazer pisca para depois voltar a encostar à direita. Lamentavelmente vou verificando pelo espelho que de nada valeu. Por certo estes condutores não estarão a conduzir na mesma estrada que eu.

Com isto tudo apetece-me parar junto a um destes condutores e dizer-lhe:
- Ó estúpido sai do meio da estrada!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A merecida promoção

A semana passada tive a novidade que ia mudar de função aqui na empresa. Na verdade não muda muito em relação ao que faço agora, apenas passo a ser responsável pela equipa na qual até agora estava integrado como projectista. Uma promoção. Fiquei contente, e admirado, quando percebi que poderiam apostar em mim para substituir RE, e não optaram por ir ao mercado procurar algum “craque”. Tenho visto que é o que têm feito noutros departamentos quando abre alguma vaga. Sempre critiquei o não se apostar na prata da casa, mas desta vez felizmente para mim olharam cá para dentro.

Então o que muda após três anos é que passo a ter mais contacto com os nossos clientes, mais trabalho de revisão final nos projectos em carteira, visitas a clientes, mais deslocações à sede em Madrid, mais responsabilidade e melhores condições. Além do aumento “obrigatório” no vencimento passo a ter carro da empresa, isto sim foi o que mais me agradou.

Mas tenho que sublinhar que esta promoção foi bem merecida, aliás mais que merecida, impunha-se que assim fosse. Porquê? Porque sempre soube que sou melhor que RE, porque sempre tenho sido eu a aguentar as pontas nos momentos críticos, porque adoro o que faço, porque sou dedicado, porque visto a camisola, porque sinto que inspiro confiança, porque sei que gostam de mim de do meu trabalho, e porque devo desejar o melhor para mim e assim achar que mereço mesmo isto.

De qualquer forma continuo decidido a diminuir o meu estado de workaholic.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Será verdade?

Meu coração
Sem direção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar
E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração

Hoje eu sei
Eu te amei
No vento de um temporal
Mas fui mais
Muito além
Do tempo do vendaval
Nos desejos
Num beijo
Que eu jamais provei igual
E as estrelas dão um sinal

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração...

terça-feira, 1 de abril de 2008

Hoje cheguei aos 32!


Comecei logo ontem a festejar. Bem na verdade o que fiz foi ir jantar com C e chegar às 0:00 do dia 01 de Abril de 2008, estando com ela.

Sai cedo do escritório. Nem sequer consegui escrever aqui o quanto gratificante foi ter ido no Domingo ao Estádio da Luz com o meu querido avô M. Cerca de 10 minutos depois das 18:00 desliguei o PC, vesti o casaco e apanhei o elevador directo ao estacionamento. Pelo corredor ainda ouvi pelo menos dois comentários irónicos, surpreendidos e insinuadores de um estado de saúde débil a fazer-me sair áquela hora! Estão é muito mal habituados, é o que é! Soube bem sair e ainda haver luz do dia. Já nem me lembro da última vez que tal tinha acontecido.

Uma ida a casa para descansar um pouco, tomar um banho emudar de roupa. Fui ter a casa dela à hora combinada e seguimos até à Avenida da Liberdade. Deixei o carro no parque subterrâneo e fomos jantar à Casa do Alentejo. Aquele restaurante tem muito da nossa história. Ontem mais uma vez estava repleto de estrangeiros, cheguei mesmo a comentar que deveriamos ser os únicos portugueses naquela sala. Por sorte conseguimos uma mesa junto a uma das janelas sobre o pátio.

Acabado o jantar saimos do restaurante e fomos para o Café In. Estacionei e esperámos que chegasse a meia noite antes de entrarmos no café. Sentados no chão pudemos ficar a olhar o rio, abraçados e a esperar para que fosse ela a primeira pessoa a dar-me os parabéns. E foi…

Hoje vai ser jantar de família. Vou sair cedo de novo e vamos jantar ao Gordinni de Cascais.

Eu, o avô M e o Benfica

Foi um Domingo em grande. Vitória gorda, dois golos de Rui Costa no dia seguinte a completar 36 anos, grandes golos, festa empolgante. Mas o mais importante foi a felicidade que senti por ver o contentamento do avô M quando lhe disse que iamos ao futebol. Foi adorável a sua reacção quando no fim do almoço lhe mostrei os bilhetes e lhe disse que ele ia comigo. Passada a surpresa tive de conter a sua insistência em querer ser ele a pagar os bilhetes. Adorável foi também ver a minha avó preocupada com os agasalhos com que iamos para jogo. Cachecol bem enrolado no pescoço de cada um e lá fomos nós.

Procurei chegar com antecedência para evitar a confusão da entrada no estádio. Sentados nos nossos lugares lá assistimos a mais uma vitória do nosso Benfica. Foi a primeira vez do avô M neste novo estádio. Levei-o eu tal como ele me levou algumas vezes, ao antigo estádio, quando eu era miúdo. O jogo foi o sofrimento habitual, para depois acabarmos por ter uma vitória redundante. Golos fantásticos, casos duvidosos, contestação à arbitragem, o tempo a passar e, de repente três golos quase de rajada a matar o jogo.

Foi lindo. Ele merece e deu-me enorme prazer! Ainda agora, enquanto escrevo isto e o recordo, sinto um aperto no peito… feliz.