Ontem. Jantar de aniversário de CC-(de)ilusão, nas docas. Combinei ir com L, uma vez que o Smart dele é bem mais fácil de estacionar que o meu Defender. Chegados juntámo-nos ao grupo que aguardava à porta do restaurante. Depois lá dentro escolhemos lugares perto do centro da mesa. Eu e CC ficámos lado a lado.
O momento, sempre alto, da entrega e desembrulhar das prendas ocorreu entre o pedir e a vinda dos pratos. A panóplia das prendas do costume, livros, CD`d, DVD`s, colares, brincos, peças para a casa, flores, etc, etc. Da minha parte, desta vez, optei por um vaso, terra e sementes. Amores perfeitos. Um postal, que mais não era que uma cartolina branca, dobrada, com uma rosa vermelha impressa e, por fora a mesma rosa colada. Escrevi: “Amores perfeitos. Para que nasçam precisam de semente. Para que vivam apenas têm que ser cuidados.”
Senti que lhe agradou. A certa altura do jantar chegou-se a mim e perguntou-me baixinho ao ouvido:
- Achas que podemos ser as sementes para o vaso?
Não fui capaz de lhe responder. Na verdade porque soube o que dizer. Surpreendido apenas fui capaz de lhe sorrir. Inclinei-me para lhe dar um beijo na face. Ela desviou-se e beijou-me nos lábios com suavidade mas cheia de firmeza. Depois ficámos algum tempo num abraço intenso.
Fiquei surpreendido, agradado e, ao mesmo tempo assustado. Parece-me que algo pode voltar a acontecer e eu não tenho a certeza de o querer… mas também não tenho a certeza de não o querer.
O momento, sempre alto, da entrega e desembrulhar das prendas ocorreu entre o pedir e a vinda dos pratos. A panóplia das prendas do costume, livros, CD`d, DVD`s, colares, brincos, peças para a casa, flores, etc, etc. Da minha parte, desta vez, optei por um vaso, terra e sementes. Amores perfeitos. Um postal, que mais não era que uma cartolina branca, dobrada, com uma rosa vermelha impressa e, por fora a mesma rosa colada. Escrevi: “Amores perfeitos. Para que nasçam precisam de semente. Para que vivam apenas têm que ser cuidados.”
Senti que lhe agradou. A certa altura do jantar chegou-se a mim e perguntou-me baixinho ao ouvido:
- Achas que podemos ser as sementes para o vaso?
Não fui capaz de lhe responder. Na verdade porque soube o que dizer. Surpreendido apenas fui capaz de lhe sorrir. Inclinei-me para lhe dar um beijo na face. Ela desviou-se e beijou-me nos lábios com suavidade mas cheia de firmeza. Depois ficámos algum tempo num abraço intenso.
Fiquei surpreendido, agradado e, ao mesmo tempo assustado. Parece-me que algo pode voltar a acontecer e eu não tenho a certeza de o querer… mas também não tenho a certeza de não o querer.
1 comentário:
As nossas grandes decisões têm sempre associadas um erro e uma incerteza (falando em termos metrológicos...coisa de engenheiro). O erro associa-se normalmente ao equipamento que utilizamos para medir a grandeza. A incerteza associa-se ao algoritmo utlizado pelo equipamento para medir a grandeza.
Mas essas, as grandes decisões são puramente racionais, provêm de uma ponderação que tem como base as várias opções com as quais nos deparamos.
No Amor, naquele sentir incondicional que é só feito de Verdade, não há margem de erro. Não há incerteza. Não é mensurável. Não é uma grandeza.
Há sim uma força maior que nos imprime a Vontade de estar juntos para sempre. Mesmo que o "para sempre" seja sentido apenas por breves momentos.
Porque se pensamos no incerto que é o futuro das nossas escolhas, se pensamos sequer, então paramos de Amar.
Concluo, portanto, que o Amor e o Pensamento não coexistem no mesmo tempo e espaço.
Mas estas considerações que teço, não sendo universais, podem não ser aplicáveis a todos.
Neste sentido, e como em ti reside a eterna dúvida, o melhor sempre será arrependermo-nos de termos feito a arrependermo-nos de nunca termos tentado.
Desejo, do fundo do meu coração, que os Amores Perfeitos sejam mais do que apenas delicadas flores plantadas num vaso com terra fértil...
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